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PD - Revista Sabe Bem

É gestor de uma PME? Finte a crise!

É gestor de uma PME? Finte a crise!

2020 registou uma quebra de 7,6% do PIB. Espera-se, para 2021, uma ligeira recuperação, mas ainda muito longe de compensar o impacto económico da pandemia. Tenta-se, com cautela, retomar a atividade empresarial, designadamente, o setor do turismo tão importante para grandes, pequenas e médias empresas. Aproveitam-se os apoios do Estado enquanto se espera pela bazuca.

As empresas que sobreviveram continuam a lutar pela sua viabilidade económica. Inventam e reinventam, improvisam, são atores de um novo empreendedorismo que emergiu para enfrentar a crise!

As pequenas e médias empresas (PME’s), muitas delas com gestão familiar, enfrentam outro desafio – a pressão de tesouraria, a falta de liquidez para fazer face às responsabilidades mensais de pagar os ordenados, os impostos, as prestações ao banco, e as dívidas aos fornecedores que ameaçam cortar o aprovisionamento. O final do mês é amanhã. E o retomar da atividade económica e a bazuca parecem demorar…

E é neste compasso que de espera que uma boa e apertada gestão financeira dos negócios pode ajudar a fintar a crise, a combater a falta de liquidez, e a aguentar o barco até que melhores ventos regressem. Investir no crescimento sustentável do negócio significa garantir, também, a viabilidade financeira da empresa.

Particularmente para os gestores de PME’s, ficam cinco sugestões de práticas conducentes a uma gestão financeira sustentável:

Privilegie os canais de venda, mercados e clientes bons pagadores

Receber de imediato, ou até de forma antecipada, será o ideal. As vendas online vieram potenciar esta prática eliminando, por vezes, intermediários. Não sendo possível receber de imediato, negoceie bem os prazos médios de recebimento, conjugue-os com descontos financeiros, e faça o cliente entender que pagar mais tarde lhe acarretará custos. Certifique-se que o cliente é bom pagador.

Negoceie com os fornecedores, minimize e rode o stock

Garanta uma gestão eficiente dos stocks, por forma a minimizar o capital empregue. Implemente os processos necessários para evitar ruturas, mas sem criar gorduras no seu armazém. Aumente a rotação do stock. Negoceie, com o fornecedor, quantidades, mas com entregas e pagamentos parcelares. Ganhe a sua confiança e pague nos prazos combinados. Se alargados, melhor.

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Crie com o seu banco uma parceria de negócio

Explique as suas dificuldades ao seu gestor de conta e peça-lhe ajuda para identificar soluções de financiamento flexíveis que colmatem dificuldades financeiras decorrentes da exploração. Soluções que ajudem nas pressões pontuais de liquidez, mas com

custos aceitáveis para a operação. Partilhe as demonstrações financeiras, a sua visão e plano de negócio. O banco é um importante parceiro de negócio. Para os grandes investimentos e para as dificuldades do dia a dia.

Alinhe os prazos de financiamento ao período de recuperação do investimento

Não financie investimentos com créditos de curto prazo. Vai, rapidamente, estrangular a tesouraria eventualmente libertada pela operação. Estime o período e recuperação do investimento e angarie financiamento com prazo compatível. Dos acionistas, se houver disponibilidade, ou soluções de financiamento que não criem pressões de tesouraria à operação. A operação tem de recuperar da crise, não pode por agora financiar novos projetos.

Partilhe a sua visão com as suas equipas

Defina objetivos de negócio, partilhe a necessidade de criar oportunidades, de inovar, de fazer emergir ações, e de implementar. De vender. Oriente para o foco e para os resultados. Mas partilhe também a urgência de economizar recursos, da racionalização e da eficiência. Quando possível, transforme custos fixos em variáveis. Economize. Poupe! E partilhe estas atitudes e comportamentos com as suas equipas. Adote-as como valores da sua empresa.

Ana Maria Simões
Membro da Comissão Executiva do Iscte Executive Education e Diretora do Programa Applied Online em Finanças e Controlo Empresariais

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