A primeira edição do festival Douro Rock arranca esta sexta-feira e vai prolongar-se até sábado, com a música portuguesa a estar em destaque nesta região vinhateira. Deste modo, a organização pretende transformar o evento numa imagem de marca do Douro, região que é Património Mundial da UNESCO há 15 anos.
O cartaz do Douro Rock, que terá o palco principal instalado junto ao rio Douro, na cidade de Peso da Régua, tem oito artistas na sua composição e é uma demonstração da aposta em artistas nacionais, contando com nomes como Pedro Abrunhosa & Comité Caviar, Capitão Mocho, Mundo Segundo, Richie Campbell, Serushio e Sam Alone & the Gravediggers.
O festival, que se realiza numa idílica região portuguesa, é organizado pela empresa Catavento do Coreto e conta com a parceria da Câmara do Peso da Régua, a Turismo do Porto e Norte de Portugal e a Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), tem como intuito principal “dinamizar a região do Douro e a cidade da Régua”, segundo Miguel Candeias, da organização.
José Sequeira, da empresa Catavento do Coreto, sublinhou também a “aposta na música portuguesa” para esta primeira edição, apresentando que o investimento do festival “é inferior aos 100 mil euros”.
Também, o vice-presidente da autarquia da Régua, José Manuel Gonçalves, disse, durante a apresentação do Douro Rock, que se quer realizar um “evento de música portuguesa que sirva para atrair pessoas e, ao mesmo tempo, promover a região”.
Já a Turismo do Porto e Norte de Portugal salienta a importância que este tipo de iniciativas podem ter na economia local e regional. Assim, “a estratégia passa por uma aposta num conjunto de iniciativas que possam ter dimensão nacional ou até mesmo internacional”, afirmou Melchior Moreira, presidente daquela entidade, na apresentação do Douro Rock.
O objetivo é que o Douro Rock funcione em complementaridade com as outras sub-regiões de turismo do Norte, para que o aumento de pessoas nesta região seja significativo.
No entanto, e para esta primeira edição, espera-se que o festival seja um verdadeiro sucesso ‘’cá dentro’.
A música no palco
Esta sexta-feira há concerto de Richie Campbell, artista que atingiu o número 1 do top do iTunes em apenas duas horas com o lançamento surpresa do trabalho “In The 876”. Já no início deste ano, Richie utilizou o single “Work” de Rihanna para, através da sua remistura, mostrar um pouco do que o poderemos ver a fazer este ano.
Também nesta sexta-feira vão subir ao palco Mundo Segundo, Capitão Mocho e JR Fernadez.
Já no sábado, o Douro Rock recebe Pedro Abrunhosa com a companhia dos músicos do Comité Caviar, que o acompanham desde o último disco de estúdio – “Contramão”.
Para completar o cartaz do dia de sábado, também Sam Alone, Serushio e Vasco Valente se vão apresentar no Douro. A música para Poli Correia (Sam Alone) é “uma forma de contar histórias sinceras sobre pessoas comuns com que todos nos podemos relacionar”. O artista estará ‘armado’ com a sua “Working Class Rifle“, uma velha guitarra áspera, e acompanhado pelos Gravediggers, um grupo de pessoas com pensamento similar e que partilham a mesma visão de tocar música orgânica, música para o povo. Com um enraizamento na folk americana e nas canções de protesto clássicas, o grupo traz uma abordagem mais contemporânea.
Já Serushio (único modo de dizer Sérgio em japonês), que em 2015 lançaram um novo álbum com edição em vinil – “I’m Not Lost… Just Don’t Want To Be Found” – , fizeram uma tour por Portugal, que começou em janeiro e até agora já conta com mais de 30 concertos, com uma passagem pelo Festival Paredes de Coura.
As portas para o Douro Rock abrem às 17 horas em ambos os dias e os bilhetes estão à venda por 20 euros, com acesso aos concertos dos dois dias, e por 12 euros, bilhete para apenas um dia.
Texto: Raquel Andrade Bastos