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Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da Mulher
As conquistas feitas ao longo do tempo pelas mulheres

O Dia Internacional da Mulher comemora-se esta terça-feira, dia 8 de março, assinalando algumas das maiores conquistas conseguidas pelo sexo feminino. A data é muito mais que uma comemoração festiva, é também um marco das lutas vencidas pelas mulheres na sociedade, ao longo de décadas em todo o mundo.
Em 1909, o Dia Nacional da Mulher foi designado, pela primeira vez, nos Estados Unidos da América. O Partido Socialista de então tomou a decisão para homenagear as operárias fabris da indústria têxtil, que um ano antes tinham feito greve, na cidade de Nova Iorque, devido às más condições de trabalho.
Já no ano seguinte, em 1910, a Internacional Socialista, reunida em Copenhaga, apresentou a proposta de se assinalar um Dia da Mulher a nível internacional para apoiar o movimento pelos direitos das mulheres que, na época, passava sobretudo pelo alcance do sufrágio universal. A proposta foi aceite unanimemente pela mais de uma centena de mulheres de diferentes países que estavam na conferência.
Assim, o Dia Internacional da Mulher foi marcado para o dia 19 de março em países como a Áustria, a Alemanha, a Dinamarca ou a Suíça. Nestes países mais de um milhão de pessoas saíram às ruas para se manifestarem, exigindo cargos na função pública, o direito ao voto, o direito ao trabalho sem discriminação e à educação profissional.
Este dia serviu também, entre os anos de 1913 e 1914, para protestos contra a I Guerra Mundial. Na Rússia, as mulheres designaram o último domingo do mês de fevereiro como o Dia Internacional da Mulher. Passado um ano, por volta do dia 8 de março, mulheres dos restantes países europeus saíram à rua para protestarem contra a guerra e juntarem-se aos outros ativistas.
Já em 1971, as mulheres russas voltam a sair em protestos e fizeram greve pelo “Pão e Paz” no último domingo de fevereiro – que coincidiu ao dia 8 de março do calendário gregoriano. Quatro dias após os protestos, o Czar abdicou e o governo provisório aprovou o direito ao voto ao sexo feminino.
dia_mulherApenas em 1975 o dia 8 de março foi estabelecido como o Dia Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Apesar de algumas conquistas feitas ao longo das últimas décadas, o sexo feminino ainda está sujeito a várias diferenças na sociedade e, em particularidade, em alguns países do mundo.
A Arábia Saudita foi, por exemplo, o último país a possibilitar o voto das mulheres. Apenas em dezembro de 2015 o regime ultraconservador permitiu o voto e a eleição feminina, mas com grandes limitações. As mulheres estão proibidas de conduzir, não podem conversar com eleitores masculinos e dependem da autorização dos homens para todas as atividades da campanha. Ainda assim, há 30 mulheres na Shura saudita, o conselho do governo com 150 pessoas.
As restrições nas liberdades individuais femininas neste país do Médio Oriente estendem-se às atividades do dia a dia. A convivência diária no espaço público é maioritariamente masculina.
Em Portugal, a primeira mulher a usar o direito de voto fê-lo em 1911 nas primeiras eleições republicanas do país. Carolina Beatriz Ângelo, médica e viúva, usou a lei a seu favor. Em resposta a este acontecimento, a constituição da primeira República impossibilitou o voto de mulheres com escolaridade, com rendimentos e chefes de família e nunca chegou a reconhecer o poder de voto feminino. Durante o Estado Novo, as mulheres foram conquistando poder de voto, ainda que muito restrito pela escolaridade e estatuto de chefe de família. Em Portugal, o sufrágio feminino apenas se tornou universal a 15 de novembro de 1974.

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Texto: Raquel Andrade Bastos

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