O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defendeu que o desfecho do processo de extinção da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto (FDZHP) – cujos meios financeiros e o ativo imobiliário ficarão a ser geridos pela autarquia – representa “uma prova de confiança do Governo” no município.
“Leio, por isso, este ato também como uma prova de confiança do Governo na Câmara do Porto e como o reconhecimento de que o nosso programa de governo, orientado para a coesão social e para a preservação dos valores da cidade, diz bem com a solução encontrada para o futuro deste património”, frisou. De acordo com o autarca independente, a intenção é a de usar todos os recursos da extinta fundação “ao serviço da zona histórica, do seu empreendedorismo social, do seu empreendedorismo económico, que vai permitir fixar população”.
O desfecho do processo de extinção da FDZHP resulta, segundo Moreira, numa obrigação acrescida para a autarquia, encarregue “não apenas de gerir e reabilitar o património em causa”, como também de se responsabilizar “pela colocação no mercado do arrendamento social das casas que agora lhe pertencem”. Além disso, o presidente da câmara assumiu ainda o objetivo de travar o processo de esvaziamento do Centro Histórico da cidade, que “dura há décadas”. “O centro Histórico não pode aspirar a ganhar novos habitantes por decreto municipal (…). Se não o podemos fazer por decreto, teremos que o fazer com trabalho. Um trabalho árduo e diário, composto por políticas consistentes, equilibradas e continuadas e que, talvez numa geração, darão frutos”, concluiu.
