A partir daquelas que são as possibilidades contempladas pela lei, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, abordará o tema “STOP” na reunião de Executivo da próxima segunda-feira, dia 6 de novembro.
Em discussão, estará a possibilidade de abrir o procedimento que levará à classificação do Centro Comercial STOP como imóvel de interesse municipal. Em caso de aprovação, será afastado qualquer tipo de possibilidade de demolição do edifício ou sequer da fachada.
De acordo com a proposta rubricada pelo autarca, “a proteção e valorização do STOP, no seu todo, configura um interesse municipal relevante por representar um valor cultural de significado predominante para o Município do Porto”, tal como cita o portal de notícias da Câmara do Porto.
Rui Moreira acrescenta, ainda, que existe uma “urgência social da salvaguarda da modernidade do centro comercial, uma memória em construção”. Nesse sentido, considera, também “o caráter único do caso do STOP e do seu nicho criativo de músicos, traduzindo uma simbiose que se edifica na resiliência conceptual e formal da sua arquitetura e da modernidade da atividade criativa musical que acolhe”.
Desta forma, o presidente do município acredita que “o relacionamento simbiótico que o artefacto arquitetónico do centro comercial estabelece com o nicho de produção criativa dos músicos do STOP, relembra o conceito de cidade líquida de Paulo Cunha e Silva”, de acordo com a mesma fonte de informação.
Recorde-se que Rui Moreira, em entrevista ao Público e à Renascença, já havia assegurado que o STOP não iria ser demolido ou transformado num hotel.
Foto: Filipa Brito
