
As demolições na obra do antigo Matadouro Industrial de Campanhã, desativado há mais de 20 anos, estão “praticamente concluídas”, um ano depois das primeiras máquinas iniciarem os trabalhos.
De acordo com a autarquia liderada por Rui Moreia, em declarações à Agência Lusa, o projeto de execução, que concretiza a componente técnica e de especialidade, e que sustentará a intervenção, “está a ser ultimado”.
A reconversão do antigo Matadouro é um dos projetos “âncora” e de “inequívoca prioridade” tanto para a zona oriental da cidade como para o município.

A GO Porto avança na sua página que, a reconversão do complexo prevê novos espaços empresariais, comerciais, de lazer, de cariz cultural e artístico, mas também espaços destinados à ação social, mantendo a “memória histórica e natureza arquitetónica”.
O projeto prevê ainda a criação de um percurso interno, que irá permitir a circulação entre a Rua de São Roque da Lameira e a estação de metro do Dragão, “atravessando o interior do edifício principal, subindo por um edifício novo a construir em altura no topo norte do complexo, e atravessando a Via de Cintura Interna (VCI) por intermédio de uma nova passagem superior”.

A reconversão do antigo Matadouro prevê a utilização de cerca de 20.500 metros quadrados, dos cerca de 26 mil metros existentes. Destinados a espaço empresarial estão reservados 12.500 metros, a ser explorados pela Mota-Engil, e o restante a espaços a serem explorados pela Câmara Municipal.
Nos oito mil metros que ficarão sob a gestão da autarquia haverá “valências culturais”, como um espaço para práticas sociais, um espaço educativo, uma extensão da Galeria Municipal, um acervo e depósito de obras de arte, uma nova extensão do Museu da Cidade (que albergará a coleção de Távora Sequeira Pinto), e uma área para o projeto Ateliers Municipais.
O investimento orçado em mais de 40 milhões de euros será integralmente assegurado pela Mota-Engil e no final dos 30 anos da concessão, o equipamento regressa à esfera municipal.
Fotografia: campanha_kengo