Esta segunda-feira assinala-se o Dia Internacional da Mulher, um dia histórico, que começou com protestos massivos que exigiam melhores condições laborais – menos horas de trabalho e melhor salário – e o direito ao voto.
As origens do Dia Internacional da Mulher chegam a 1857. A 8 de março um grupo de trabalhadoras da indústria têxtil organizou uma marcha em Nova Iorque para exigir melhores condições de trabalho, a jornada diária reduzida para 10 horas e direitos iguais para homens e mulheres. Cinquenta e um anos depois, a 8 de março de 1908, um outro grupo de trabalhadoras em Nova Iorque escolheu a data para avançar para uma greve, homenageando as antecessoras. Queriam o fim do trabalho infantil e o direito de votar.
Atualmente, o dia 8 de março é, maioritariamente, reservado à reflexão e consciencialização em relação ao progresso da mulher na constante luta pela igualdade de género, que, de acordo com vários investigadores, ainda estará muito longe de ser alcançada, sobretudo no que respeita a questões salariais. Este é, contudo, um trabalho contínuo, que é especialmente recordado nesta data.
Mas, nem sempre o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 8 de março. Sabia? Nos primeiros cinco anos, este dia era celebrado a 28 de fevereiro. Em 1975, as Nações Unidas proclamaram o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, tendo sido também este ano declarado como o Ano Internacional da Mulher, realizando-se a primeira Conferência Mundial sobre as Mulheres.
Esta, note-se, é uma data reconhecida em mais de 25 países, incluindo países como China, Vietname, Uganda, Afeganistão, Cuba e Rússia. Em vários destes países é, inclusive, feriado oficial, sendo que na China, na Macedónia, em Madagascar e no Nepal este é um feriado dedicado apenas às mulheres.
Em Portugal, este é um dia reservado à reflexão e à homenagem, pública ou privada, a todas as mulheres. Muitos homens aproveitam o 8 de março para honrar as lutas das mulheres, oferecendo-lhes flores ou uma refeição especial, e assumir os valores do feminismo.
A luta pelos direitos das mulheres tem mais de um século, mas as conquistas continuam a não ser universais.
