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Cultura em Expansão 2015

Cultura em Expansão 2015
Música, teatro e cinema mobilizam zonas fragilizadas do Porto até dezembro

Arrancou no passado dia 25 de abril – em consonância com a ideologia revolucionária – e em maio promete mais novidades. A segunda edição do programa “Cultura em Expansão”, da autarquia portuense, vai estender-se até dezembro, levando a agitação cultural a bairros sociais e a outros espaços pouco usuais da cidade. Mobilizar todos os cidadãos, sem exceção, chegando às zonas mais desfavorecidas, é o grande objetivo da iniciativa, que estreou em 2014, beneficiando de parcerias estabalecidas com artistas, companhias e associações de moradores. A ilha da Bela Vista, o Bairro da Pasteleira e do Cerco, o Centro Paroquial de Aldoar, a Rua do Heroísmo e a Estação de Metro de Campanhã são alguns dos palcos desta expansão artística.

“Combinámos propostas da autoria de alguns dos nomes mais relevantes das artes performativas portuguesas (como são Mário Laginha e a Mala Voadora) com projetos participativos e formativos em áreas tão distintas como a música, a dança, a poesia e o cinema, propostos por alguns dos mais importantes agentes do país”, explicou Paulo Cunha e Silva, vereador da Cultura da Câmara do Porto. Um dos destaques programáticos vai para o projeto “Oupa!”, que parte de uma residência artística de quatro meses com jovens do Bairro do Cerco, liderado pela rapper Capicua, a psicóloga Gisela Borges, o músico André Tentugal e o realizador Vasco Mendes. As oficinas de rap, vídeo e performance desenvolvidas no bairro social de Campanhã vão resultar num cult_exp1espetáculo com estreia marcada para o dia 5 de julho, às 17h00, no Teatro Municipal Rivoli. Na mesma altura, estreará um documentário a desvender “todo o ‘caminho’ do Cerco até ao grande palco”. Segundo explicou a autarquia, o projeto “pretende estimular o espírito DIY [Do It Yourself – Faça você mesmo] e reforçar a identidade cultural e a autoestima dos jovens da zona Oriental do Porto através da palavra e da música”.

Concertos mensais em Aldoar

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Mas antes disso, será inaugurado, a 17 de maio, o “Música para os meus ouvidos”, ciclo de concertos mensais protagonizados pelos alunos da Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo (ESMAE), que poderão, assim, apresentar o trabalho desenvolvido no âmbito da unidade curricular de Música de Câmara. As sessões seguintes estão agendadas para 14 de junho, 25 de julho, 27 de setembro, 4 de outubro e 22 de novembro, sempre às 17h00, no auditório do Centro Paroquial de Aldoar. Entretanto, a 6 de junho, o teatro andará pela Pasteleira com a peça “Título e Escritura” (da Mala Voadora), um “estranho monólogo sobre um viajante misterioso que, vindo de um lugar distante, procura uma ligação ou um gesto solidário de quem o ouve”.

Mais tarde, a 17, 18, 19 e 20 de setembro (18h30), será descoberto o “Espírito do Lugar”, pela companhia Circolando, com apresentações realizadas na Rua do Heroísmo e baseadas na vivência das pessoas e dos lugares. “Em cada edição, traça-se um percurso num território diferente da cidade (em 2015, eixo Bonfim-Campanhã) e convida-se um grupo de artistas de diferentes áreas a trazer o seu universo próprio e a criar uma visão singular sobre um lugar”, adianta a organização, acrescentando que em causa estão espaços “não evidentes” – pátios, terraços, águas-furtadas, armazéns, lojas devolutas, quintais, descampados – que “convidam ao questionamento”. A estação de Metro de Campanhã será o palco de “Arquipélago – À Margem da Alegria”, um projeto da Ao Cabo Teatro que promete passagens de modelos invulgares nos dias 25, 26 e 27 de setembro e ainda 2, 3, 4, 9, 10 e 11 de outubro.

cult_exp2“Técnica, Vigor e Poesia” de Mário Laginha

Em outubro, a 22, pelas 21h30, a Associação de Moradores do bairro Social da Pasteleira receberá o recital de Mário Laginha “Técnica, Vigor e Poesia”, de aproximadamente 75 minutos. O pianista, que já atuou em decateto, sexteto, quinteto, quarteto, trio e duo, sente-se bem ao partilhar o palco mas não rejeita o desafio de enfrentar auditórios sozinho. Aliás, foi assim que nasceu o seu único disco pensado para piano a solo, “Canções e Fugas”, em 2006. E como não poderia deixar de ser, o cinema também será uma constante na segunda edição do “Cultura em Expansão”. Entre agosto e dezembro, o programa “Nove e Meia”, do Cineclube Nómada, promoverá sessões de cinema quinzenais nas zonas da Bouça, S. Vitor e Pasteleira. “Os filmes escolhidos abarcarão uma grande variedade de formas e tempos, com lugar de destaque para o cinema português”, revelou a autarquia. Uma programação variada e prolongada que, como referiu Paulo Cunha e Silva, será mais um passo para “transformar o Porto, todo o Porto, num grande equipamento cultural”.

Texto: Mariana Albuquerque    |    Fotos: CMP/ http://www.capicua.pt

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