Cerca de 350 crianças, 25 professores e 20 avós participaram na iniciativa, que decorreu ao longo do anterior ano letivo e que contribuiu para “reduzir o estigma associado às pessoas idosas” através do seu envolvimento na comunidade escolar.
O projeto-piloto decorreu na escola básica EB1 do Cedro, em Vila Nova de Gaia, e consistiu na participação dos idosos nas atividades de enriquecimento curriculares (AEC). Segundo a coordenadora da iniciativa, Liliana Ribeiro, o objetivo agora é disseminá-la por outras escolas do país, contando para isso com o apoio da Fundação EDP e da Área Metropolitana do Porto.
“Trata-se de um projeto social inovador, pioneiro e experimental que conseguiu melhorias significativas na saúde mental e no suporte social de mais de 20 pessoas idosas, a par de uma melhoria significativa na atitude face às pessoas idosas na comunidade escolar”, declarou Liliana Ribeiro. Segundo a coordenadora, o projeto “A+ Avós na Escola” nasceu num ‘Bootcamp’ em Empreendedorismo Social e teve como base “um problema importante e negligenciado: o estigma associado ao envelhecimento e o desperdício do conhecimento acumulado pelas pessoas idosas”.
“A solução desenhada foi muito simples, envolver pessoas idosas nas atividades da comunidade escolar promovendo, simultaneamente, o convívio e a aprendizagem intergeracional”, acrescentou.
De acordo com a responsável, “os resultados foram surpreendentes: 49% das crianças, 55% dos professores e 80% dos avós melhoraram as atitudes face às pessoas idosas e os avós melhoraram de forma significativa a sua satisfação com o suporte social e saúde mental”.
Na quarta-feira será apresentada, na Fundação EDP, no Porto, a fase de disseminação do Projeto A+ através do KIT A+, que é o instrumento que levará este projeto a todas as escolas do país.
