O desafio é simples: levar os atletas a sairem do ginásio para testarem os seus limites num determinado percurso ao ar livre, ao longo do qual vão efetuando diversos exercícios. Já ouviu falar do CrossCamp?
Promete desenvolver as capacidades físicas dos praticantes, exercitando todos os grupos musculares, de uma forma variada e com a mais valia de se realizar ao ar livre. O CrossCamp já chegou à cidade do Porto e tem vindo a conquistar um número crescente de adeptos. Aliás, a nova atividade física voltará a desafiar os cidadãos já este sábado, em mais uma aventura desportiva promovida pelo impulsionador da modalidade, Miguel Ferrer.
Com milhares de seguidores além-fronteiras, o CrossCamp alia as mais-valias do CrossFit (originário dos Estados Unidos da América) às potencialidades da prática desportiva em ambiente urbano. Trocando por miúdos: os atletas reúnem-se num determinado local do Porto e, ao longo de uma hora, efetuam um ‘trail running’ aproveitando todas as “ferramentas” que se encontram no local para fazer os mais variados exercícios. Desafiar os próprios limites é quase o lema do treino, muito apreciado por quem não resiste a uma boa dose de adrenalina.
Bem-estar físico e psicológico
Além de desenvolver e melhorar, de um modo geral, as capacidades físicas dos praticantes (nomeadamente a resistência cardiovascular e muscular, a força, flexibilidade, agilidade, coordenação e equilíbrio), a iniciativa contribui para aliviar o stress. De referir ainda que, sendo realizada sempre em locais diferentes, quebra a monotonia e a rotina diária e brinda os participantes com uma mão cheia de surpresas, faça chuva ou faça sol. Miguel Ferrer organizou o primeiro encontro de CrossCamp no início de março e tem vindo a tentar dinamizar quatro sessões por mês, sobretudo aos fins de semana ou feriados. Mas “o objetivo é alargar para, pelo menos, seis por mês”, adiantou o personal trainer.
Os interessados terão apenas de aderir ao evento (criado pelo dinamizador no Facebook) uns dias antes da aventura desportiva, que custa quatro euros por sessão. Os encontros têm juntado uma média de 10 a 20 pessoas. “A modalidade ainda é relativamente recente mas o público adere cada vez mais”, garantiu, frisando que as mulheres alinham em maior número mas que o sexo masculino também não deixa de estar representado.
“Quem participa quer voltar”
E o feedback dos que experimentam, esse, tem sido “bastante positivo”, tanto que “quem participa quer voltar” a fazê-lo. “Trabalhando na área do desporto, senti que havia procura de algo diferente, de sair da monotomia do ginásio, daí a minha vontade de inovar nesta modalidade, tentando ter em conta, acima de tudo, o bem-estar físico e psicológico dos meus atletas, seguidores e alunos”, referiu Miguel Ferrer.
Assim, apercebendo-se de que, efetivamente, “as pessoas estão um pouco cansadas do ambiente fechado do ginásio”, decidiu ir ao encontro das necessidades dos desportistas, “que procuram, cada vez mais, as atividades ao ar livre”. E já está tudo preparado para sábado: “muitos exercícios diversificados, aos quais o público não está habituado,” e “muitas surpresas” no decorrer do trajeto.
Apesar de reconhecer que a preocupação com a prática de exercício físico se intensifica com a proximidade do verão, a verdade é que, segundo Miguel Ferrer, há cada vez mais pessoas a praticar desporto ao longo de todo o ano. Do que é que está à espera?
Texto: Mariana Albuquerque
