Segundo o documento, as intervenções da PSP, GNR e Polícia Judiciária desceram 2,3%. Durante a apresentação do RASI, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Antero Luís, sublinhou que a criminalidade violenta e grave registou, em 2012, o segundo melhor valor da última década. “Portugal é um país seguro, quer no contexto europeu, quer mundial”, defendeu. Castelo Branco e Guarda foram os distritos portugueses nos quais a criminalidade grave e violenta mais aumentou, atingindo os 32,4% e 43,8%, respetivamente. O documento registou também subidas significativas em Leiria (18,2%), Coimbra (15,7%) e Portalegre (15,1%). Apesar de os valores referentes a Lisboa (com menos 12,5%), Porto (menos 0,06%) e Setúbal (menos 15,8%) terem diminuído, os três locais concentram, no seu conjunto, 71% da criminalidade violenta e grave.
Por outro lado, o número de homicídios conjugais aumentou no ano passado, apesar de terem diminuído as participações por violência doméstica. Em 2012, ocorreram 37 homicídios conjugais, segundo as estatísticas oficiais, mais dez casos do que no ano anterior, como adiantou Antero Luís. De salientar ainda uma redução de 10% das participações por violência doméstica em relação a 2011, o que representou um decréscimo de 2.896 casos.
De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna, o número de cidadãos portugueses presos no estrangeiro é de 2.494, mais 13 que em 2011, dos quais 525 em prisões francesas. Na segunda posição da lista surge o Reino Unido, com 364 cidadãos lusos nas suas cadeias, mais seis que em 2011 seguido da Espanha, com 316 (mais cinco). Nos Estados Unidos estão detidos 269 cidadãos portugueses, no Brasil 244, no Luxemburgo 190 e na Alemanha 105.
