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Creative Mornings Porto

Creative Mornings Porto

Em território luso, as palestras estrearam no início deste mês, pela mão da PARQUR, um coletivo de arquitetos e urbanistas empenhados no desenvolvimento do pensamento crítico. O músico B Fachada foi o orador convidado no arranque das Creative Mornings Porto, que contou com o patrocínio do UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto).

cm_2De acordo com Gil Ribeiro, membro da organização das palestras, a concretização da iniciativa foi o resultado de um “processo de candidatura trabalhoso e exigente”. “A ideia de nos candidatarmos veio por proximidade com o capítulo de Barcelona, por gostarmos da proposta e dos valores das Creative Mornings e por fazer sentido paralelamente à nossa atividade criativa. Interessa-nos o encontro, a comunidade local, a rede global”, explicou. Desta forma, a PARQUR decidiu pôr mãos à obra e lançar o convite às pessoas que estivessem interessadas em “trocar ideias e criar sinergias criativas”.

O esquema de funcionamento das palestras, esse, é simples. No dia do evento, os participantes, previamente registados, “começam a fazer fila um pouco antes das portas abrirem, às 8:30”. Depois, entram, desfrutam de um pequeno-almoço oferecido pelo patrocinador do mês e, por volta das 9:00 horas, o anfitrião do capítulo “dá as boas vindas à audiência, agradece aos patrocinadores e apresenta o orador do mês”. “Após uma palestra de 20 minutos e 20 minutos de debate, os participantes misturam-se e conversam antes de partirem para o trabalho”, descreveu o organizador.

“Pensar em conjunto, trabalhar e espalhar a palavra”

Segundo Gil Ribeiro, as Creative Mornings Porto não são conferências extravagantes. “Queremos criar uma atmosfera confortável, propícia ao debate e à livre troca de ideias”, sublinhou, destacando que os capítulos foram idealizados “para gente empenhada em encontrar-se, pensar, trabalhar em conjunto e espalhar a palavra”. “Acreditamos na importância que as sinergias criativas podem ter em momentos de dificuldade, fazendo germinar ideias novas. Existe um pensador criativo dentro de cada um de nós e estamos determinados a trazê-lo à superfície”, assegurou.

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cm_3A primeira edição das palestras foi, para a organização, “estimulante”. “Foi bom ouvir o B Fachada a falar de métrica e encaixe, de como colar as palavras às melodias. Foi o que queríamos: uma conversa sobre um tema concreto, que deu para conhecer um pouco do B Fachada, do seu trabalho e, a partir disso, conversarmos todos”, referiu Gil Ribeiro. No arranque da iniciativa na cidade do Porto, a adesão do público foi um dos fatores destacáveis. “Os bilhetes [existentes apenas para efeitos de reserva de lugar, uma vez que o evento é gratuito] foram disponibilizados às 11:00 horas da manhã e, antes das 13:00, já tinham esgotado. A reação que nos chegou até agora foi ótima”, realçou.

O próximo encontro, que se vai realizar dentro de três semanas, será orientado por André Cepeda. Na escolha dos orientadores mensais há, segundo a organização, três fatores a ter em conta: “alternar entre pessoas conhecidas e outras menos conhecidos; abranger o maior número possível de áreas criativas e criar comunidade”. “É difícil cumprir todos os objetivos e acertar com calendários e logística, mas vamos tentar”, garantiu o responsável.

As temáticas em análise durante a conversa devem ser específicas, fugindo-se às exposições biográficas. “Não se trata propriamente de um debate, são conversas e queremos mesmo evitar que se trate de apresentações de currículo ou portfolio. A proposta é explorar um tema, o mais concreto possível, com que o orador enquanto criativo se debata. O convite é também que, ao apresentar esse tema, o orador consiga falar ao público, oferecer-lhe algo”, resumiu Gil Ribeiro.

cm_4PARQUR, um coletivo assente no diálogo

As Creative Mornings Porto são organizadas pela PARQUR, um coletivo dedicado à arquitetura e ao urbanismo, mas também a outros aspetos que se revelarem importantes para os seus membros. “Juntámo-nos porque quisemos trabalhar juntos e isso soube-nos bem. A partir daí, continuar a trabalhar em conjunto sobre um mesmo nome pareceu-nos o caminho que queríamos, apesar de, pela conjuntura, à partida, parecer insustentável”, explicou à Viva. A partilha de pensamentos é uma das bases de sustentação do grupo. “Apoiamo-nos muito no diálogo uns com os outros para procurar soluções para os nossos projetos e procuramos construir o nosso percurso ativamente”, acrescentou Gil Ribeiro.

Texto: Mariana Albuquerque   |   Fotos: http://www.flickr.com/photos/creativemorningsopo/

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