A ministra da Saúde, Marta Temido, reuniu-se por videoconferência esta terça-feira, no Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento, com epidemiologistas para uma nova sessão de apresentação sobre a evolução da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.
No final da reunião, em declarações aos jornalistas, Marta Temido destacou que a situação epidemiológica em Portugal “se mantém estável, com tendência decrescente de novos casos de Covid-19, internamentos e letalidade”.
No que diz respeito ao risco epidemiológico, “o nosso país está hoje com uma incidência num patamar entre os 60/120 casos por mil habitantes a 14 dias e com um risco efeito de transmissão (Rt) de 0,88 para o território continental. O risco efetivo de transmissão mais baixo foi atingido em meados de fevereiro (0,61). Temos assistido a um aumento deste indicador”, sublinhou.
A ministra da Saúde salientou que, embora Portugal esteja em “contraciclo”, o contexto europeu da pandemia de Covid-19 – “adverso e preocupante” – faz com que “o risco efetivo de transmissão esteja a aumentar” a nível nacional. Para além disso, há que ter em atenção as novas variantes, nomeadamente a inglesa, que tem uma prevalência de 70% em Portugal.
“Deveremos manter a atenção elevada e precaução como abordamos os próximos dias e semanas”, alertou Marta Temido.
“Não obstante o desconfinamento se ter iniciado há menos de 15 dias, a mobilidade está a aumentar e há uma necessidade de apelar às medidas de prevenção”, apontou a ministra da Saúde.
Na reunião no Infarned, o coordenador da task force, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo reiterou o objetivo de vacinar 70% da população até ao verão.
Segundo adiantou o responsável, já chegaram a Portugal 1,8 milhões de vacinas, tendo sido já administradas 1,3 milhões de vacinas, segundo os números apurados no último fim de semana.
