Na passada quinta-feira foi aprovado, em sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, o documento que traduz um saldo de gerência a transitar para 2021 na ordem dos 119 milhões de euros.
Com o votos favorável da maioria, as contas de 2020 do Município do Porto estão aprovadas, no entanto com o voto contra do BE que argumentou, através do deputado Pedro Lourenço, “Fazemos uma apreciação de natureza política das contas que o Executivo apresenta, porque tem ficado aquém do muito urgente que havia para fazer. Ficam a faltar respostas contextuais e estruturais. Era possível uma resposta diferente e mais transformadora na habitação, na mobilidade, e na resposta à pandemia”.
Face a estas apreciações, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, assinalou que a situação financeira do Município tenha sido descrita como “inigualável”. “É porque não nos deixamos embalar com o canto das tágides. Tendo essa situação financeira inigualável, fazemos opções”, começou por dizer. “Estamos a arrecadar mais receita, é verdade – porque há mais casas, porque há mais atividade. Nós fizemos uma cidade diferente, e são os cidadãos lá fora que têm o mérito. Aconteça o que acontecer a partir de outubro, espero que ninguém volte a querer colocar rédeas na cidade” continuou o autarca.
O relatório aprovado pela Assembleia Municipal engloba as contas da Câmara do Porto, os resultados das empresas municipais e informação sobre a participação em fundos, espelhando a situação patrimonial do Município do Porto a 31 de dezembro. De acordo com os dados, o saldo de gerência a transitar para 2021 ronda os 119 milhões de euros.