Na apresentação do projeto “Vila do Conde: Um porto para o mundo”, a presidente da autarquia, Elisa Ferraz, disse que pretende divulgar o património material e imaterial do município neste âmbito naval, que tem como ex-líbris a réplica da nau quinhentista, ancorada na cidade.
“Ouvimos muitos especialistas e achamos que, com base na nossa história, tínhamos argumentos para candidatar a nossa construção naval em madeira à UNESCO para património da humanidade, não só na vertente do edificado como também nos conhecimentos dos nossos estaleiros”, afirmou a autarca.
Para tal, a Câmara de Vila do Conde pretende estabelecer um protocolo com os estaleiros do concelho, para que todo o saber, com centenas de anos, na construção de barcos, seja registado e compilado.
“Vamos promover uma partilha e registo dos conhecimentos e métodos, porque se não tivermos esta precaução brevemente não haverá ninguém que saiba como construir um barco de madeira, até porque estes carpinteiros navais de Vila do Conde já começam a ter uma idade avançada”, disse Elisa Ferraz.
A candidatura à UNESCO poderá avançar a partir de 2017, mas a presidente garante que irão decorrer, no imediato, algumas iniciativas para divulgar este património de Vila do Conde no país, na Europa e no mundo.
A autarca considerou ainda a possibilidade de construção de mais réplicas de naus da época dos descobrimentos e a realização de um encontro internacional de embarcações antigas.
O projeto ‘Vila do Conde: um porto para o mundo’ terá como patrono o ex-Presidente da República Mário Soares, e as iniciativas começam já no próximo mês de agosto com um espetáculo de teatro na zona ribeirinha da cidade.
