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Conheça 3 incríveis mitos e lendas do Grande Porto

Conheça 3 incríveis mitos e lendas do Grande Porto

Que o Grande Porto é uma região repleta de magia e com uma vida muito própria, isso todos já sabíamos. Que o Porto é uma cidade bonita, repleta de belas paisagens, também já era do conhecimento de todos. No entanto, a questão que se coloca é: será que sabemos tudo sobre a nossa Invicta e sobre a região, no geral? Ou será que há histórias que já se contam há séculos, que nunca tínhamos ouvido?

A dúvida fica no ar, no entanto uma coisa é certa: por detrás de tanta história, existe sempre um conjunto de incríveis mitos e lendas por contar. Posto isto, provavelmente já ouviu falar do motivo pelo qual nos chamam tripeiros, porque é que somos a cidade “Invicta”, mas acredite: há outras histórias igualmente incríveis que, se calhar, pode nunca ter ouvido. Vamos a elas!

Estação de São Bento

Se é do Porto, deve conhecer a Estação de São Bento. Um local histórico, pintado por dentro em tons de azul e branco, através dos seus magníficos azulejos. Certamente, sabe que é um local que, todos os dias, concentra centenas de portuenses no decurso das suas viagens de comboio ou metro, mas será que sabia, por exemplo, que existe a lenda de um fantasma da estação?

Recuando um bocadinho no tempo, houve uma altura em que a atual estação era um convento de freiras. No início do século XVI, em 1525, D.Manuel I mandou construir um espaço de culto religioso em São Bento, onde apenas entravam mulheres de alto gabarito social.

Passaram-se os anos e, em 1834, Joaquim António de Aguiar, conhecido por “Mata-Frades”, ordenou a extinção das ordens religiosas do país. Assim, o convento deixou de receber novas freiras, pelo que o número ia diminuindo cada vez mais. A última freira terá morrido 58 anos depois da ordem de extinção.

Há quem diga, ainda, que as preces e rezas de D. Maria da Glória Dias Guimarães se continuam a ouvir pela estação. Entre muitos populares, Maria da Glória é o fantasma da Estação de São Bento, outrora um convento.

Foto: Porto Antigo

Ilha do Frade

Reza-nos a lenda que, no Largo de António Calém, chegou a existir uma pequena ilha no estuário do Douro: a Ilha do Frade. Há quem diga que, na margem de Gaia, existia um mosteiro de frades franciscanos, sendo que, todos os dias, a leiteira levava o leite ao mosteiro, onde se cruzava sempre com o porteiro, que, ao que a história nos conta, se terá apaixonado pela leiteira.

Passaram-se dias, passaram-se meses, passaram-se anos, até que o porteiro ganhou coragem de assumir os seus sentimentos pela leiteira, garantindo-lhe que não era frade, mas sim e apenas só um porteiro. A leiteira, surpreendida, terá contado ao seu namorado, que orquestrou uma armadilha ao pretendente da sua amada.

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Assim, a leiteira terá aceitado encontrar-se com o porteiro num barco, achando que o seu amor era correspondido. No entanto, nem imaginava o que estaria para vir. Feliz e enamorado, confiou na leiteira e entrou dentro do barco, onde esperou pela sua amada.

Entretanto, um denso nevoeiro terá surgido, a noite caiu, e o “frade” ficou desorientado, sem saber onde estava ao certo e para onde ia.

No dia seguinte, acordou e, finalmente, percebeu o que se tinha passado. Sozinho numa ilha, olhou para um lado, olhou para o outro, até que viu a leiteira e o namorado a escarnecer da situação.

Até aos dias de hoje, conhece-se o sítio onde acordou como “A Ilha do Frade”.

Foto: Rádio Portuense

Senhor de Matosinhos

Já ouviu falar no “Senhor de Matosinhos”? A pergunta é retórica, porque será seguro apostar que sim. Provavelmente, associa a expressão a uma das maiores festas populares da zona Norte do país, ou até a uma estação de metro. No entanto, está a par da lenda deste homem que passou de senhor a Senhor, um dos principais símbolos de Matosinhos? 

A lenda conta-nos que a imagem do Senhor de Matosinhos foi esculpida por Nicodemos, que terá visto os últimos momentos da vida de Jesus, assumindo-se que a obra de arte representa a imagem aproximada do Messias. Contudo, a imagem é oca, pois na altura todos os objetos sagrados eram escondidos ou atirados ao mar devido à perseguição religiosa que se vivia.

Nicodemos terá atirado a peça, a partir da Judeia, sendo que esta, levada pelas correntes marítimas, foi dar até à praia de Matosinhos, já com um braço a menos.

A população de Matosinhos (Bouças, na época) ergueu um templo em homenagem à figura, até que, um dia, uma senhora recolheu um pedaço de madeira para a fogueira. Chegou a casa, lançou-o ao fogo, mas este não pegava como os outros pedaços. Tentou novamente e a história repetia-se, ao que a filha, muda de nascença, terá desesperadamente alertado que era o braço que faltava ao “Senhor de Matosinhos”. A população constatou que o que a menina dizia era verdade e transferiu a obra de arte para uma igreja, continuando a adorar o “Senhor de Matosinhos” até aos dias de hoje.

Foto: Pedro Brito

Fotografia destaque: Jorge Mesquita

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