O Governo avança, nesta terça-feira, com o Metrobus no Porto, contemplando um percurso de quatro quilómetros no centro da Invicta, ligados por autocarros movidos a hidrogéneo.
O Bus Rapid Transit (BRT), um transporte rodoviário em canal dedicado e com prioridade sobre os outros modos, constitui uma das grandes novidades da nova fase de expansão do Metro do Porto. Irá circular entre a Rotunda da Boavista (Praça Mouzinho de Albuquerque) e a Praça do Império, servidos por oito paragens.
O trajeto conta com a construção de uma rotunda, no cruzamento da Boavista com a Marechal Gomes da Costa, e a supressão de uma faixa de rodagem, “quer na Praça do Império quer na Rotunda da Boavista”, para “garantir que haja sempre prioridade à passagem deste autocarro” refere João Matos Fernandes, ministro do Ambiente.
A cerimónia de lançamento do concurso de concepção e construção do sistema BRT decorreu esta terça feira, e contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa e do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.
Inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o projeto está orçamentado em 66 milhões de euros, em que 45 milhões de euros destinam-se às obras e os restantes 21 milhões, destinam-se “à aquisição de oito novos autocarros, completamente silenciosos, bem desenhados, e o respetivo sistema de carregamento a hidrogénio, que não existe ainda em Portugal”. Deverá estar a funcionar até 31 de Dezembro de 2023.
O Cronograma apresentado pelo Metro do Porto é o seguinte:
Lançamento do Concurso – 6 de Julho 2021
Abertura Propostas – 11 de Outubro 2021
Consignação – 1 de Março 2022
Desenvolvimento da Empreitada – 1 de Maio 2022
Conclusão da Empreitada – 31 de Outubro 2023
Pré-Operação – Outubro e Dezembro 2023
Assumindo frequências idênticas às do Metro, o sistema BRT, com veículos articulados e lotação entre os 180 e os 220 passageiros, poderá atingir uma capacidade de transporte na ordem das 4400 pessoas por hora e sentido.
