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Concessão da STCP: concelhos vizinhos reagem à candidatura do Porto

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Para o autarca de Matosinhos, a “melhor forma” de resolver a questão seria a criação de uma empresa intermunicipal. Já o presidente de Gaia classifica de “ousada” a iniciativa de Rui Moreira. Gondomar manifestou disponibilidade para “articular” com autarquias vizinhas uma solução para a transportadora.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou esta quarta-feira que a autarquia vai concorrer, através de uma empresa municipal, à subconcessão STCP e irá apresentar uma proposta “sustentável” de forma a adequar a oferta da rede à procura dos cidadãos.
Apesar de ainda não ter havido conversações com os municípios por onde também circulam transportes da STCP, Rui Moreira aceitou a hipótese de os mesmos poderem entrar juntamente com a Câmara do Porto na subconcessão.
À agência Lusa Guilherme Pinto declarou que “seria muito bem acolhida a ideia” de a Câmara de Matosinhos participar com a do Porto na subconcessão da STCP.
“Acho que uma empresa intermunicipal, com os municípios que são servidos pela STCP, seria a melhor forma de resolver este problema”, defendeu Guilherme Pinto, acrescentando ainda ter ficado “satisfeito” com a decisão da Câmara do Porto.
Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, manifestou disponibilidade “para articular” com as várias autarquias do Porto uma solução de subconcessão da STCP, mas só se o Governo garantir que “assume o passivo da empresa”.
“A Câmara de Gondomar está disponível para dialogar e reunir porque as questões de mobilidade são muito importantes e somos muito sensíveis a esta matéria. Partindo do pressuposto, e isto para Gondomar é fundamental, de que o Governo faz no Porto o mesmo que em Lisboa, que é assumir o ónus e o passivo da empresa”, declarou Marco Martins à Lusa.
Eduardo Vítor Rodrigues, autarca de Gaia, classifica de “ousada” a iniciativa de Rui Moreira, mas diz não ter condições legais e financeiras para entrar num negócio que “vai trazer muitos prejuízos para todos”.
“Com os atuais requisitos, eu julgo que mesmo que estivesse disponível não tinha condições legais para o fazer, como julgo que a própria Câmara do Porto também neste momento não terá”, afirmou à agência Lusa Vítor Rodrigues, realçando que “um dos requisitos do caderno de encargos é ter alvará” para transportes públicos, o que “nenhuma Câmara tem”.
“A juntar às condições legais, [é preciso] obter uma garantia bancária de 17 milhões de euros para um negócio que [a seu ver] vai trazer muitos prejuízos para todos”. “Aí não estarei de facto disponível”, acrescentou o autarca, que assegurou não ter “capacidade de assumir uma garantia bancária nesse montante”.

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