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Concelho de Gaia em debate entre os candidatos

Concelho de Gaia em debate entre os candidatos

Todos de acordo relativamente à importância da contenção financeira no equilíbrio das contas da autarquia de Vila Nova de Gaia. Projetos dos candidatos foram pouco discutidos, já que os sete protagonistas passaram grande parte do tempo a esgrimir argumentos pessoais sobre qual seria o melhor sucessor de Luís Filipe Menezes.

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Os ânimos inflamaram no debate da noite de terça-feira, promovido pelo Porto Canal e o Instituto Politécnico, que decorreu no Teatro Helena Sá Costa, entre sete candidatos à Câmara de Gaia, que durante duas horas trocaram acusações e esgrimiram argumentos sobre quem será o melhor sucessor de Luís Filipe Menezes. As críticas, acusações, e troca de “galhardetes” foram mesmo o ponto forte do debate, que apenas na segunda parte conseguiu transmitir algumas propostas, ou “promessas”, concretas.
A contenção financeira defendida inicialmente pelo candidato da CDU, Jorge Sarabando, que pediu uma auditoria às contas da autarquia, foi aplaudida pelos restantes que consideraram, quase em uníssono, que a Câmara de Gaia necessita de “rédea curta” nas finanças. “Gaia tem uma dívida efetiva de cerca de 270 milhões de euros”, referiu Eduardo Pereira, do Bloco de Esquerda (BE), salientando que o passivo representa “150% das receitas correntes da autarquia”.

Principais “promessas” dos candidatos
Carlos Abreu Amorim, candidato resultante da coligação PSD/CDS, que se afirmou como o “continuador da obra de Luís Filipe Menezes”, deixou a promessa de, no caso de ser eleito, criar mais 1700 hectares de área verde no concelho e de implementar uma maior rigor financeiro. Guilherme Aguiar, candidato independente que considerou Carlos Abreu Amorim como o “pai da reorganização administrativa que extinguiu nove freguesias do concelho” prometeu equilibrar as contas públicas da autarquia através da redução das taxas municipalizadas, uma ideia também preconizada pelo candidato do Partido Socialista (PS), Eduardo Vítor Rodrigues. “Os serviços municipalizados são muito caros em Gaia e contrastam com o bom exemplo que nos chega da cidade do Porto”, referiu o candidato que defende ainda a melhoria da oferta formativa, a adesão do concelho à Lipor e a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). O BE também se propõe a baixar o IMI mas numa maior proporção.“30% de redução” foi a promessa de Eduardo Pereira que pretende também a reabilitação de cerca de três mil imóveis, uma maior aposta na formação profissional e um plano de emprego que envolva o município e as empresas e que contemple “apoios diretos aos desempregados do concelho”. Para Manuel Vieira Machado, candidato independente que integra o Movimento de Cidadãos por Gaia, a captação de novas empresas e a redução da derrama são fatores que irão contribuir para um maior desenvolvimento do concelho, cuja autarquia tem, atualmente, uma “divida consolidada no valor de 360 milhões de euros e um valor de receitas correntes que não chega aos 200 milhões”. “Se houver rigor financeiro a Câmara de Gaia pode estabilizar as contas em 10 anos”, garantiu o independente. Cristiana Máximo, do PCTP/MRPP, explicou que não tem experiência política e que a candidatura se baseou na sua própria vivência na autarquia, onde cresceu. A jovem quer apostar na indústria e na pesca, uma “atividade rica no concelho” para combater o desemprego que, de acordo com a candidata, é “o maior flagelo que assola Gaia”. Facultar o acesso ao arrendamento jovem é, de igual forma, uma medida defendida por Cristiana Máximo que salientou “o grande número de habitações vazias e degradadas que o concelho possui” e que poderiam ser a solução para o problema. Jorge Sarabando, da CDU, quer extinguir a “taxa de proteção civil” criada pela autarquia e mais investimento no setor produtivo, uma medida defendida também pelo candidato do PS. “A atração do investimento através da competitividade a par de uma reabilitação urbana ordenada seriam fatores decisivos para o desenvolvimento do município”, referiu Sarabando que defendeu ainda a extensão da rede do Metro a Vila D’Este. A construção de um novo hospital, a requalificação dos centros de saúde já existentes e a captação de investimento e de novas empresas para o concelho foram ideias transversais a todos os candidatos presentes no debate de terça-feira.

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