O clássico Ricardo III, de William Shakespeare, foi adaptado para Língua Gestual Portuguesa e Espanhola, de forma a tornar o teatro mais inclusivo e acessível para todos. Depois da estreia em Madrid, no Teatro Valle-Inclán, a peça instala-se agora em solo portuense, no Teatro Carlos Alberto, onde permanecerá até domingo, dia 21 de janeiro.
“Se os atores deixassem de usar a voz ou as palavras perdessem a sua música, surgiriam logo outras línguas e formas de o representar. O encenador Marco Paiva propõe-nos uma delas: um Ricardo III em Língua Gestual Portuguesa e Espanhola, com um elenco formado por intérpretes dos dois países e legendado em português. Imagine-se a trágica ascensão ao trono do Duque de Gloucester, com o seu sinistro rasto de sangue, ódio e intriga, sem palavras e diálogos de viva voz, mas com toda a força e beleza dos gestos”, lê-se na sinopse do espetáculo.
A peça é produzida pela Terra Amarela, plataforma de criação artística inclusiva, em parceria com o Teatro Nacional São João, a Culturproject, o Centro Dramático Nacional de Madrid, o Teatro Nacional D. Maria II e o Cineteatro Louletano.
Este Ricardo III, “tão político como poético, tão misterioso como intensamente visual”, conta a história original do rei “maldito” com uma ligeira diferença: “o que não se diz com a voz diz-se com o corpo todo”.
Os bilhetes já estão à venda, pelo preço de 10 euros.
Foto: @geraldineleloutre (cedida pelo Teatro Nacional de São João)