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Círculo Universitário do Porto altera estatutos e abre-se à sociedade

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Uma comissão de gestão dirige a partir desta segunda-feira o Círculo Universitário do Porto para resolver os problemas financeiros da instituição. Os novos estatutos irão permitir uma abertura à sociedade, o que trará mais receitas.

Em assembleia-geral, o Círculo Universitário do Porto (CUP) decidiu realizar uma alteração estatutária, onde foi definida a criação de uma comissão de gestão para assumir a direção da estrutura, depois dos nove trabalhadores desta associação sem fins lucrativos terem pedido um esclarecimento acerca do seu futuro. Em causa estão  três meses de salários em atraso.
Para o reitor da Universidade do Porto (UP), Sebastião Feyo de Azevedo – que com esta alteração estatutária deixa de fazer parte da estrutura permanecendo apenas como associado – esta não é ainda a solução final mas é muito satisfatória, sendo a grande preocupação a de conseguir “pagar os salários em atraso”, havendo uma “intenção muito forte” de durante esta semana conseguir liquidar um dos vencimentos que estão em dívida.
“Foi aprovado um novo quadro estatutário que abre o CUP aos antigos alunos, funcionários não docentes e às instituições que têm de alguma forma ligação à UP, numa grande abertura à sociedade que trará mais receitas. Uma comissão de gestão, liderada pelo professor António Cardoso, vai a partir de segunda-feira [hoje] desencadear um conjunto de processos para conseguirmos verbas”, adiantou.
Francisco Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, declarou à Lusa que o reitor “assegurou que a partir de segunda-feira [hoje] entrará em função uma comissão que pagará pelo menos um salário dos que estão em atraso”, considerando “boas notícias” as decisões que foram hoje tomadas.
“Os nove trabalhadores procederam à suspensão do seu contrato de trabalho alegando os salários em atraso, esperando agora que o CUP volte a abrir as suas portas e a laborar na restauração, eventos e alugueres de espaços”, afirmou.
O responsável sindical referiu que “foi assegurado que o CUP só ficará encerrado durante o mês de novembro e em dezembro voltará a laborar”.
Para Sebastião Feyo de Azevedo, as situações que levaram a este problema terão que ser “obviamente investigadas”, realçando que este é um “começo muito importante para a solução” e manifestou “esperança que de uma grande ameaça surja uma grande oportunidade de uma nova vida para o CUP”.
O reitor já havia sublinhado que “a universidade ou a reitoria não têm rigorosamente nenhuma função interna no CUP”, uma vez que se trata de um órgão privado, cujos membros pagam uma jóia e consequentes quotas.
O espaço do CUP, na rua do Campo Alegre, tem serviço de restaurante e ‘catering’, e foi o primeiro edifício a ser galardoado com o prémio João de Almada – galardão criado para distinguir trabalhos de restauro, empreitada que esteve a cargo de Fernando Távora.

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