A propósito da estreia mundial do filme “A última vez que vi Macau”, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, o responsável descreveu o primeiro realizador como um dos “franco-atiradores” de uma geração do cinema português que inclui também, por exemplo, Miguel Gomes e João Nicolau. “Portugal é um país que produz cinema, mas feito exclusivamente por artistas. Tem grandes mestres, os seus ‘poetas malditos’, mas também uma vanguarda jovem e incrivelmente talentosa”, sublinhou o responsável num blogue dedicado ao festival.
O diretor artístico defendeu ainda que o português conseguiu criar nos seus filmes “um universo homo-erótico muito pessoal”, um cinema transgénero, “no plano sexual e cinematográfico”, que tem sido “a arte da metamorfose”.
O Festival de Cinema de Locarno, que se prolonga até sábado, integra ainda os filmes “Zwazo”, de Gabriel Abrantes, e “O dom das lágrimas”, de João Nicolau, que tinha sido encomendado por Guimarães, Capital Europeia da Cultura.
