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CIIMAR vai remover, reciclar e dar um novo uso aos plásticos no oceano

CIIMAR vai remover, reciclar e dar um novo uso aos plásticos no oceano

“Proteger os ecossistemas costeiros removendo, reciclando e devolvendo o lixo marinho à cadeia de mercado” é a missão do projeto MAELSTROM, que tem como entidade parceira o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR).

Liderado pelo Instituto de Ciências Marinhas do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália e financiado no âmbito do Programa Horizonte 2020 da União Europeia, o projeto MAELSTROM vai dedicar-se, ao longo dos próximos quatro anos, a encontrar estratégias para reduzir os impactos do lixo marinho nos ecossistemas costeiros, identificando pontos críticos de acumulação de lixo marinho e removendo-o na zona costeira e na coluna de água dos rios antes de chegar ao mar.

“O lixo marinho representa uma importante ameaça à vida aquática e às cadeias alimentares, podendo prejudicar diretamente a espécie humana”, salienta o CIIMAR.

Os investigadores vão assim recorrer a “tecnologias inovadoras e ambientalmente sustentáveis ​​para remover e reciclar o lixo marinho”, que serão utilizadas para limpar grandes áreas costeiras perto de Veneza, em Itália, e no Porto.

Segundo o CIIMAR, as tecnologias de remoção a serem implementadas incluem dois sistemas automatizados: barreira de bolhas de ar e uma grande plataforma robótica.

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“A barreira de bolhas de ar é gerada por um sistema instalado no leito do rio ou instalado em posições estratégicas, por exemplo, em áreas portuárias. A sua utilização tem associadas várias vantagens: se, por um lado, permite a recuperação de resíduos, ao mesmo tempo, contribui para a reoxigenação da água. Já a grande plataforma robótica removerá automaticamente os resíduos sólidos localizados no fundo do mar e nas camadas inferiores da coluna d’água com alta eficiência”, explica.

O projeto irá ainda avaliar a sustentabilidade das novas tecnologias de remoção numa avaliação ambiental cuidadosa antes e depois da limpeza das zonas em questão.

Além de remover o lixo marinho, o projeto MAELSTROM vai proceder também à sua reciclagem “combinando processos e tecnologias inovadoras e abordagens de tratamento físico-químico. Os resíduos transformam-se assim em novos recursos – precursores químicos, polímeros e materiais – que podem reingressar na cadeia de abastecimento industrial.

“As operações de reciclagem também estarão associadas a um protótipo de transformação de resíduos em energia e combustível de segunda geração”, diz o CIIMAR, acrescentando que o combustível será usado para impulsionar as tecnologias dedicadas à limpeza do fundo do mar no âmbito do próprio projecto.

O projeto MAELSTROM enquadra-se na Diretiva Quadro da Estratégia Marinha da União Europeia que visa proteger os mares e oceanos, estando também em conformidade com o Plano de Acção da Economia Circular. Contribuirá ainda para o Objetivo 14 da Agenda das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável: “Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável”.

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