Em declarações à Lusa, um dos médicos patologistas responsáveis pela investigação, Carlos Augusto Pasqualucci, da Universidade de São Paulo, explicou que, para o estudo, seria preciso retirar um fragmento quase impercetível, com cerca de três milímetros, para a realização de uma biopsia. É uma agulha tão fina que passa impercetível, não altera em nada o aspeto do coração. E seja qual for o planeamento [da investigação], obviamente que o coração irá regressar à cidade do Porto, como era desejo pessoal de D. Pedro”, assegurou o cientista. A análise efetuada permitiria detetar eventuais doenças no miocárdio, inclusivamente as provocadas por processos infeciosos noutros órgãos, como a tuberculose, apontada como causa oficial de sua morte.
O estudo, que engloba um conjunto de análises realizadas no ano passado aos restos mortais de D. Pedro IV e das suas duas mulheres, Leopoldina e Amélia, faz parte da tese de mestrado da historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo. A avaliação do coração integrará o seu trabalho de doutoramento.
