
Uma equipa de cientistas da Universidade da California, nos Estados Unidos, descobriu locais sombrios no interior de fossas lunares, com uma temperatura média de 17ºC. Através destes dados acredita-se que é possível que estas cavernas possam receber vida humana.
Segundo explica a plataforma tempo.pt “considera-se agora que é possível que as fossas” e “cavernas subsequentes tornariam mais seguros e mais estáveis” a nível térmico “os campos de base para exploração lunar e habitação a longo prazo em relação ao resto da superfície da Lua – que aquece até 126 ºC durante o dia e desce para -173 ºC à noite”.
As fossas foram descobertas pela primeira vez na Lua há 13 anos, em 2009, e desde então, os cientistas têm-se questionado “se as cavernas daí decorrentes poderiam ser exploradas/utilizadas como abrigos”. Esta nova investigação crê que “provavelmente 16 das mais de 200 fossas são tubos de lava colapsados”.
A plataforma afirma que “dois dos fossos mais proeminentes têm saliências visíveis que levam claramente a algum tipo de caverna, e existem fortes indícios de que a saliência de outro pode também levar a uma grande caverna”.
Um dos autores do estudo, David Paige, citado pela tempo.pt adianta que a “humanidade viveu o início da sua história em cavernas”, algo a que nos adaptaríamos na Lua.
“A construção de bases nas áreas sombreadas destas fossas permitiria aos cientistas concentrarem-se noutros desafios”, como por exemplo “o cultivo de alimentos, fornecimento de oxigénio aos astronautas, reunião de recursos para experiências e expansão da base”. As fossas e cavernas iriam também oferecer “alguma proteção contra raios cósmicos, radiação solar e micrometeoritos”, esclarece ainda a plataforma.