O principal desafio do ENERPAT, um projeto europeu em que participa o Porto, passa por encontrar soluções energeticamente eficientes e sustentáveis para utilizar na reabilitação de património construído, em especial nos centros históricos das cidades. Nesse âmbito, a Casa do Infante acolhe até esta sexta-feira o primeiro simpósio dedicado ao tema, numa organização da Sites et Citès Remarquables de France.
A abertura das jornadas de trabalho esteve a cargo de Fernando Paulo, vereador da Câmara do Porto responsável pela Habitação e Coesão Social, que explicou a importância política que tem sido dada ao Centro Histórico do Porto, Património Mundial da Humanidade, que soma já 2000 anos de história.
O também presidente da Domus Social, empresa municipal que tem a seu cargo a gestão do parque habitacional público da cidade, referiu, como exemplo, o processo de reabilitação de 17 edifícios no centro histórico, dos quais resultarão cerca de 60 fogos “que trarão certamente capacidade de revitalização, atração de novas gerações de jovens e pessoas que possam fazer do centro histórico a sua filosofia de vida, mesclando com as pessoas que cá vivem”.
Financiado pelo programa comunitário INTERREG SUDOE, o ENERPAT procura desenvolver e promover soluções para a eco-reabilitação de edifícios antigos adaptados ao tecido residencial dos centros históricos das cidades parceiras, replicáveis à dimensão do sudoeste europeu (SUDOE). As cidades que integram o ENERPAT refletem a diversidade do tecido urbano do espaço SUDOE: o Porto (uma metrópole), a cidade espanhola de Vitória (média/grande dimensão) e Cahors, em França (uma cidade de menor dimensão), líder do projeto.
Que aspetos são considerados no projeto? A preservação do património edificado antigo, prevenindo a degradação, a melhoria do conforto dos moradores, com preservação da sua saúde, e o desenvolvimento de uma economia circular.