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Cerca de 2500 enfermeiros deixam Portugal todos os anos

Cerca de 2500 enfermeiros deixam Portugal todos os anos
“Estamos a perder massa crítica em Portugal e a hipotecar o nosso futuro. Daqui a dez, quinze anos não vamos ter quem cuide de nós”, alertou Germano Couto.

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O bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), Germano Couto, afirmou esta segunda-feira que cerca de 2.500 daqueles profissionais estão a emigrar anualmente, cenário que, para o responsável, deverá “agravar-se” em 2014. “Pelas declarações da Diretiva Europeia [documento que assegura a livre circulação e o reconhecimento mútuo destes profissionais] que requisitam à Ordem, estamos a ter uma emigração de 2.000 a 2.500 enfermeiros por ano”, revelou.
Ao longo de uma visita oficial a unidades públicas de saúde do distrito de Viana do Castelo, Germano Couto recordou que estão, atualmente, inscritos na OE cerca de 65.000 enfermeiros. Destes, 35.000 trabalham no setor público, sendo que os restantes estão distribuídos pelo setor privado, instituições sociais e agora pela emigração. “Estamos a perder massa crítica em Portugal e a hipotecar o nosso futuro. Daqui a dez, quinze anos não vamos ter quem cuide de nós”, alertou. Face à redução e à demora na contratação de enfermeiros pelo setor público, o bastonário assume que 70% da formação que é feita em Portugal já é absorvida pela emigração, nomeadamente para outros países da União Europeia. “É um mau negócio para Portugal e um bom negócio para outros países, que vêm buscar a custo zero profissionais com a melhor qualidade que existe no mundo. Não é preciso ser economista para o saber”, defendeu.

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