Pedro Carvalho, candidato da CDU à Câmara do Porto, propôs esta quinta-feira a criação de condomínios empresariais para fixar empresas tradicionais da cidade, promovendo estes pólos estratégicos, a dinamização económica do concelho e acabando com zonas devolutas e abandonadas. Em declarações à Lusa durante uma ação na rua Costa Cabral, Pedro Carvalho sublinhou, depois de ouvir as principais preocupações dos comerciantes, que “uma cidade que desertifica, uma cidade que definha economicamente, não pode ter um comércio local vivo”. “A estratégia de esvaziamento que tem a ver com interesses imobiliários e financeiros tem ajudado a mudar a cidade”, criticou. O candidato da CDU defendeu, assim, que é necessário inverter esta tendência e que a câmara deve criar áreas de atratividade económica, propondo a instalação de “condomínios empresariais”. “São zonas do Plano Diretor Municipal (PDM) onde queremos que se fixem aquilo que eram as empresas tradicionais do Porto: as serralharias, os armazéns, trabalho em madeira, todo o trabalho em ferro, o trabalho de estuque e de gesso”, explicou. Assim, para Pedro Carvalho, ao atrair estas empresas para os pólos está-se não só a “dar uma valência de dinamização à cidade”, como depois “tudo o resto acaba por ser beneficiado”. O comunista salientou ainda que, com esta medida, é possível planear, do ponto de vista do PDM, onde é que se pretende fixar determinado tipo de atividades económicas, “em pontos estratégicos da cidade, que hoje estão a ficar cada vez mais devolutos”. “Nestes pólos deveria haver isenções não só nas taxas de licenciamento mas também de derrama”, acrescentou.
