“Tanto quanto conseguimos antecipar neste momento, tudo me faz pensar que ela irá na mesma linha das avaliações que foram feitas anteriormente”, considerou o chefe de Estado, durante uma reunião de empresários em Maputo. Cavaco afirmou ainda que a União Europeia parece estar, agora, a conseguir encontrar “uma resposta mais adequada aos problemas”, relembrando, a título de exemplo, a aprovação do programa de crescimento económico e de criação de emprego, no Conselho Europeu de junho passado.
Ainda assim, defendeu, é necessário “avançar mais”. “Os países que têm superavits [excedentes] nas contas deviam conduzir uma política mais expansionista que compensasse as políticas contracionistas que vigoram noutros países”. A gestão das políticas económicas “deve funcionar não apenas para coordenar políticas contracionistas, mas deve também ser utilizada para coordenar políticas expansionistas”, sublinhou.
Apesar das dificuldades sentidas pelos portugueses, Cavaco Silva acredita que, brevemente, o país voltará ao crescimento. “(…) estou convencido de que nós conseguiremos, não daqui a muito tempo, reencontrar uma trajetória de crescimento económico e tentar avançar na aproximação aos níveis de desenvolvimento médio da União Europeia”, sustentou.
