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Cavaco agudiza crise política

Cavaco agudiza crise política

Cavaco rejeitou, ainda, a exigência do PS e Bloco de antecipar eleições para setembro deste ano, acenando com o risco de um segundo resgate, mas impôs desde já um prazo de validade a este Governo. Passos e Portas ficam até 2014, data em que termina o programa de ajustamento, e nessa altura o país vai a eleições. Para já, o Governo, tal como está, isto é, com Portas com o Ministério dos Negócios Estrangeiros demissionário, mantém-se “em plenitude” de funções. E, “de imediato”, os partidos signatários do memorando da ‘troika’ – PS, PSD e CDS – devem começar a negociar para firmarem um acordo de médio prazo. Adivinhando “as dificuldades políticas” dos partido em dialogar, já que as posições entre PS e PSD estão extremadas, Cavaco sugeriu que recorressem a uma “personalidade de reconhecido prestígio” para promover o diálogo. “Chegou a hora da responsabilidade dos agentes políticos”, rematou Cavaco, num discurso que acabou com uma ameaça aos três partidos. Se não conseguiram firmar um compromisso de salvação nacional, cujos pilares traçou desde já, o Presidente recorrerá a outras soluções “jurídico-constitucionais”, que não concretizou mas deixando todas as hipóteses em aberto: um Governo de iniciativa presidencial, dissolução da Assembleia da República e eleições, demissão do primeiro-ministro ou exigência de novo acordo entre Passos e Portas. Uma coisa Cavaco Silva quis deixar claro: qualquer uma dessas soluções “não dará as mesmas garantias de estabilidade que permitam olhar o futuro com confiança”.

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