
A Casa Manoel de Oliveira, que a Câmara Municipal do Porto tentou vender esta manhã, em hasta pública, pelo valor global de, pelo menos, 1,58 milhões de euros, não teve qualquer comprador. O leilão foi realizado esta quarta-feira num imóvel municipal situado na Rua do Bolhão, mas não houve licitação para nenhum dos edifícios que compõem o equipamento, projetado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura.
Localizado na Foz, o imóvel, concluído há já 11 anos, foi idealizado para ser residência e museu do cineasta português, mas nunca chegou a ser utilizado, sendo que a família de Manoel de Oliveira assinou, recentemente, com a Fundação de Serralves um protocolo para acolher o seu espólio na instituição. O executivo municipal, liderado por Rui Moreira, decidiu, então, vender separadamente as duas frações do equipamento. Em caso de hasta pública deserta, o Código Regulamentar do Município prevê o prazo de um ano para eventuais interessados apresentarem propostas de compra, cujo valor não poderá ser inferior a 5% do valor base de licitação definido.