O auditório da casa do poeta Eugénio de Andrade foi cedido à União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde para aí implementar “programação cultural ao nível de serviço educativo e outras atividades para a população local”.
O projeto cultural para a casa de Eugénio de Andrade fica assim a cargo da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, pelo menos durante um ano, período de vigência do contrato. A cedência foi aprovada pela Assembleia Municipal do Porto, na reunião da passada segunda-feira.
A União de Freguesias utilizará o espaço, que inclui um auditório de cerca de 50 lugares, para implementar “programação cultural ao nível de serviço educativo e outras atividades para a população local”.
Na apresentação da proposta, o presidente da Câmara do Porto ressalvou “que ao fim de muitos anos, em que havia uma situação muito incómoda relativamente às pessoas que Eugénio de Andrade considerava como familiares, a Câmara do Porto conseguiu resolver por consenso e a contento dessas pessoas, a sua reinstalação” noutra morada, nomeadamente num outro imóvel do Município, doado por Marta Ortigão Sampaio, avança o portal da autarquia.
Segundo Rui Moreira, o edifício está hoje devoluto, com os aposentos do poeta intactos. No entanto, essas instalações “não são visitáveis, a não ser por especialistas ou investigadores, acompanhados por funcionários da Câmara, porque tem lá o roupão do Eugénio [de Andrade] como estava pendurado, a escova de dentes, os óculos e os livros”, esclareceu o autarca.
Rui Moreira sublinhou ainda que nunca foi intenção municipal consignar a casa onde viveu Eugénio de Andrade a espaço museológico, pois “quisemos muito manter esse espaço inviolável”. “Aquilo que sobra de utilização pública é um auditório”, já que o espólio foi transferido para a sala Eugénio de Andrade da Biblioteca Municipal Pública do Porto, localizada junto ao Jardim de São Lázaro.
