“Está aqui uma obra fantástica. É uma casa praticamente nova”, sintetizou o presidente da Câmara de Matosinhos, no final de uma visita às obras de reabilitação da Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, que decorreu na terça-feira.
O projeto, da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira, foi classificado há dois anos monumento nacional, a par da Piscina das Marés. O edifício, cuja construção ficou concluída em 1963, foi, já no início da década de 90, alvo de restauro. Mais de vinte anos depois, a Casa de Chá da Boa Nova sofre uma nova e mais profunda intervenção, que deverá estar concluída dentro de quatro meses. O projeto de reabilitação é também da autoria de Siza Vieira. A intervenção ronda os 600 mil euros. A autarquia quis, no entanto, ir mais longe e avançou para a requalificação da zona envolvente à Casa de Chá da Boa Nova, num investimento de 230 mil euros. “Não quisemos ficar apenas pela intervenção no edifício. Achamos que esta era uma oportunidade única para criar uma zona envolvente digna da Casa da Chá da Boa Nova e do prestígio mundial de Siza Vieira”, explicou Guilherme Pinto.
Em meados de setembro estará disponível um parque de estacionamento com 31 lugares (dois dos quais para pessoas com mobilidade reduzida) a nascente da via de acesso ao restaurante.
Na parte de terreno a norte da Casa de Chá da Boa Nova será removido todo o material vegetal com características de infestante, designadamente o chorão-das-praias (Carpobrotus edulis), sendo substituído posteriormente por mistura de sementes para Prado de sequeiro. Será ainda criado um percurso de acesso condicionado quer à zona de serviço da Casa de Chá da Boa Nova quer à Capela da Boa Nova, que será executado em calçada portuguesa.
