“Não vejo de que outra forma se poderia dar dimensão ao arquiteto Siza Vieira sem que parte do seu espólio esteja também noutros locais”, respondeu o autarca, à Lusa, quando questionado sobre a possibilidade de o arquivo do prémio Pritzker em 1992 ir para o Canadá.
De acordo com Guilherme Pinto, o município tem “assegurada uma parte importante do espólio de Siza Vieira, porque obras significativas do arquiteto são propriedade da autarquia” e a Casa da Arquitetura “não quer ser proprietária de nenhum espólio, quer ser um local onde se possa celebrar a arquitetura”. De referir que as edições desta quinta-feira da Visão e do jornal Público avançaram que o arquivo de Siza Vieira poderá ir para o Centro Canadiano de Arquitetura, em Montreal. Segundo o jornal diário, “à decisão de Álvaro Siza de partir para este processo não terá sido estranho o mal-estar que o arquiteto manifestou, já por diversas vezes, relativamente à falta de atenção que sente no seu país relativamente ao estado de alguns dos edifícios que projetou em solo nacional”.