“O município do Porto prepara-se para estabelecer um protocolo com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e os dois agrupamentos de centros de saúde da cidade (ACeS Porto Oriental e ACeS Porto Ociental), que visa incentivar a toma da vacina da gripe sazonal nas farmácias comunitárias do Porto”, anunciou, ao final do dia de sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira, sublinhando que o objetivo é “descongestionar os centros de saúde e incentivar a vacinação de um maior número de pessoas”.
Numa nota publicada na sua página oficial, a autarquia recorda que para os cidadãos com 65 ou mais anos de idade a vacina é já gratuita, mas o custo de ministrá-la numa farmácia é de 2,5 euros, valor que pretende então cobrir.
Com esta medida, o autarca acredita que o município estará a “alivar a pressão dos centros de saúde para as farmácias, que neste momento já é elevada” e, simultaneamente, a “criar condições para que mais pessoas se sintam confortáveis e seguras para que, num ambiente que até será de maior proximidade, lhes seja ministrada a vacina da gripe”.
De acordo com a nota divulgada, para que o protocolo seja estabelecido, é ainda necessário “obter o parecer do Ministério da Saúde e da Direção-Geral da Saúde”, algo que “não deverá tardar a chegar”.
“Vejo todos os benefícios e mais alguns em que tal venha a acontecer e que seja prontamente aceite a nossa proposta. O município do Porto está a disponibilizar recursos para contribuir para o descongestionamento dos serviços de cuidados médicos primários, numa altura que é ainda mais crítica”, apontou ainda Rui Moreira, dando conta da realização de um segundo protocolo, que irá abranger “todos os funcionários do município”.
O anúncio surgiu aquando de uma visita do autarca à Farmácia Alves, no Carvalhido, acompanhado pelo vereador da Habitação e Coesão Social, Fernando Paulo, e pelo presidente da Delegação do Norte da Associação Nacional das Farmácias, Francisco Faria.
Recorde-se que a campanha de vacinação contra a gripe começa esta segunda-feira, mais cedo do que nos anos anteriores, que, habitualmente, tem início em meados de outubro. De acordo com a Direção-Geral da Saúde, nesta primeira fase a prioridade será dada aos residentes em lares, profissionais de saúde e profissionais inseridos no setor social, seguindo-se as pessoas com mais de 65 anos e doentes crónicos, a partir de 19 de outubro.