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Câmara do Porto quer adquirir serviços para gestão do Terminal Intermodal de Campanhã

Câmara do Porto quer adquirir serviços para gestão do Terminal Intermodal de Campanhã

Na próxima segunda-feira, a Câmara Municipal do Porto leva à reunião do executivo uma proposta de abertura de concurso público para a aquisição de serviços de operação e manutenção do Terminal Intermodal de Campanhã. 

Destacando que a empreitada, uma das mais ambicionadas do município do Porto, estará concluída no terceiro trimestre do ano, a autarquia liderada por Rui Moreira salienta ser importante, nesta fase, “assegurar as condições necessárias ao início da operação do TIC”. “Dotar o equipamento dos recursos humanos e materiais imprescindíveis para garantir a qualidade de serviço que uma infraestrutura desta dimensão vai exigir”, justifica. 

“Além da manutenção corrente do edifício (limpeza, manutenção de equipamentos eletromecânicos, de infraestrutura, entre outros), [é necessário assegurar] a segurança de pessoas e bens, informação ao público, apoio ao cliente (presencial e em backoffice), serviço de bilheteira, operação do terminal rodoviário e parque de estacionamento”, sustentou a vereadora dos transportes, Cristina Pimentel.  

De acordo com a proposta, assinada pela vereadora, trata-se de “um vasto leque de exigências a nível operacional e de manutenção que terão que ser asseguradas de forma articulada e contínua”. Em causa está um “custo anual estimado de cerca de 1,7 milhões de euros”. 

O concurso público internacional para a prestação de serviços para a operação e manutenção do Terminal Intermodal de Campanhã apresenta um preço-base de cerca de 6,35 milhões de euros (sem IVA). “Considerando a devida margem orçamental para este imposto, o que estará em causa na aprovação deste ponto da agenda de trabalhos da reunião do Executivo é a submissão à Assembleia Municipal «para autorização prévia da assunção de compromissos plurianuais para os anos 2022, 2023 e 2024, que se estimam em €7.382.391,76, com IVA», lê-se na nota divulgada pelo Porto.. 

A proposta, que será votada na reunião do próximo dia 8 de março, configura-se como “uma solução de baixo risco atendendo à sua duração [3 anos], permitindo uma gestão organizada e unificada desta infraestrutura”. 

Recorde-se que o equipamento, projetado pelo arquiteto Nuno Brandão Costa, dotará a zona de Campanhã de uma interface que vai abranger os autocarros da STCP e os operadores privados, comboios urbanos e de longo curso, metro e táxis, “aproveitando a localização privilegiada que possui através das acessibilidades rodoviárias, como a Via de Cintura Interna (VCI) e as autoestradas circundantes (A1, A3, A4 e A43)”. 

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O Terminal Intermodal de Campanhã constituirá ainda “um dos principais nós da rede de transporte público, enquanto interface estratégica de um anel de contorno da cidade do Porto, funcionando em articulação com a interface da Casa da Música e a futuro interface do Hospital de S. João”. Na sua circundante, vai ainda promover “a ligação entre duas partes da cidade, que anteriormente estavam cortadas pela linha férrea”. 

A Câmara Municipal do Porto estima que, no seu pico de atividade, a infraestrutura tenha “capacidade para realizar, diariamente, mais de mil serviços de transporte rodoviário, dos quais cerca de 400 corresponderão a serviços de transporte público de passageiros que operam na Área Metropolitana do Porto”. 

O movimento estimado de passageiros ronda as 120 mil pessoas por dia, mais de 43 milhões de passageiros por ano, acrescenta. 

Segundo explica ainda, a transferência de grande parte dos términos da rede de transportes públicos rodoviários intermunicipal, inter-regional, nacional e internacional para o Terminal Intermodal de Campanhã representará também “um decréscimo substantivo do tráfego de pesados no centro da cidade”.  

Desta forma, será possível contribuir para “uma substantiva redução dos níveis de emissões de gases com efeitos de estufa”, como de 1.776 tep (tonelada equivalente a petróleo) em cinco anos. 

Com a integração de um parque de estacionamento com capacidade para 268 lugares, a entrada em funcionamento do Terminal Intermodal potenciará ainda a redução de tráfego automóvel no centro da cidade, ao estimular o estacionamento em regime de park&ride, completa o comunicado. 

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