
A Câmara Municipal do Porto quer dar continuidade à gratuitidade do título de transporte “Porto. 13.18”, destinado a jovens entre os 13 e os 18 anos, que estudem ou residem na cidade, durante o ano letivo de 2021/22.
A proposta em causa, assinada por Cristina Pimentel, vereadora do pelouro dos transportes, surge na sequência de um “claro crescimento da procura das assinaturas Porto.” e será votada na reunião do executivo municipal da próxima segunda-feira, 28 de junho.
“O Município do Porto vê como estratégica a implementação de uma política de mobilidade sustentável e comprometida com as gerações mais novas da cidade, promotora da utilização do transporte público e indutora de uma mudança de comportamentos”, lê-se no documento.
Recorde-se que a autarquia alargou a gratuitidade nos transportes públicos até aos 15 anos para os jovens residentes no Porto, no ano letivo de 2019/2020, e no ano seguinte aos jovens até aos 18 anos. A medida surgiu como complemento ao Programa de Apoio à Redução Tarifários dos Transportes Pública (PART) que, entre outras medidas, instituiu, na Área Metropolitana do Porto, a gratuitidade dos títulos até aos 12 anos.
Segundo avançou a Câmara Municipal do Porto, no ano letivo de 2020/21 o título de transporte beneficiou um total de 4.715 jovens. “No primeiro ano de vigência do protocolo, «cerca de 45% dos alunos dos 13 aos 15 anos usufruíram gratuitamente do sistema de transportes público, com mais de 2.900 assinaturas emitidas, traduzidas em mais de 51 mil validações mensais em média». O ano seguinte assistiu a um crescimento de 10% nestas assinaturas”, indica.
Com o alargamento do programa até aos 18 anos, foram emitidas cerca 1.460 assinaturas para jovens entre os 16 e os 18 anos, fazendo com que no total 4.715 jovens viajassem gratuitamente nos transportes públicos, representando “mais de 114.000 validações em média”, salienta ainda o documento.
Em causa, explica, está um investimento de 718 mil euros em 2019/20 relativo à utilização real das assinaturas e de 400 mil euros nos quatro meses já faturados do ano letivo 2020/21.
Até ao final de 2021, a medida ascende a “um máximo de 655.908 euros, num total de 1,5 milhões no ano letivo de 2021/22, estando previsto “ficar assegurado em próximos orçamentos a continuidade deste projeto”, completa.