A área de intervenção está centrada na Estação de Campanhã, engloba 143 hectares e abrange as freguesias de Campanhã e do Bonfim. Trata-se “da primeira Área de Reabilitação Urbana, ARU, delimitada fora do centro tradicional da cidade”.
Segundo Rui Moreira, está previsto que as “obras tenham início no próximo ano”. O autarca também deixou a garantia que “ninguém será desalojado”. Haverá “investimento na habitação municipal e no aproveitamento de casas abandonadas”, reforçou.
A concretização da estratégia territorial preconizada para a ARU de Campanhã-Estação prevê a promoção de cinco eixos estratégicos: (i) a atividade económica, (ii) a mobilidade sustentável, (iii) a qualificação do ambiente urbano, (iv) a sustentabilidade ambiental, e (v) a inclusão social e cidadania ativa, assentando na implementação de uma carteira de projetos estruturantes, que se assumem como iniciativas fundamentais para a geração de novas dinâmicas de regeneração urbana na zona oriental da cidade do Porto.
Desse conjunto de dez projetos demarcam-se a construção e consolidação de duas fortes áreas empresariais; a construção da Interface rodoviária de Campanhã, atualmente em curso; e a resolução dos graves problemas habitacionais e de salubridade pública, designadamente na zona da Lomba, para onde se prevê o primeiro projeto integrado de reabilitação do edificado, e nas zonas da Formiga, Agra e China.
Rui Moreira explicou que com expropriações o valor da operação poderá chegar aos “90 milhões de euros” e advertiu que a ARU de Campanhã-Estação ainda terá que ser aprovada pela Assembleia Municipal do Porto.