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Porto aposta na “saúde” das suas árvores

Porto aposta na

O município do Porto é a única cidade portuguesa a integrar o projeto europeu UrbanMycoServe, que tem como objetivo “desenvolver estratégias e ferramentas inovadoras” para revitalizar a saúde das suas árvores, “nutrindo-as e protegendo-as dos efeitos adversos do ambiente citadino”, com a ajuda de cogumelos silvestres. 

“Pode estar nos fungos ectomicorrízicos, o termo técnico para cogumelos silvestres, a chave para algumas das soluções que o projeto europeu pretende implementar, com o objetivo de melhorar a saúde e a longevidade do arvoredo urbano”, sublinha a Câmara Municipal. 

A cidade concorreu com um trabalho de investigação desenvolvido pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, depois do representante nacional do estudo ter realizado uma “pesquisa sobre as comunidades ectomicorrízicas associadas à tília prateada (tilia tomentosa)”, que verificou que “as árvores em caldeira apresentavam maior diversidade de microrganismos, e que a ação nativa destes seres microscópicos auxilia a árvore a mitigar os efeitos de stress provocados pelo sistema de plantio mais comum no meio urbano”. 

Para o efeito, os investigadores utilizaram “tecnologias avançadas de análise”, como sensores biométricos, instalados em árvores de diversos locais da cidade do Porto, que ajudaram a comprovar “in loco” o maior stress a que as árvores plantadas em caldeira estão expostas. 

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Posteriormente, foi desenvolvida uma técnica de inoculação que permitiu a introdução de fungos benéficos nas árvores urbanas, que concluiu que “produziu uma promoção do seu crescimento, especialmente em plantas que estavam mais debilitadas, tornando-as tão vigorosas como as árvores em bom estado de saúde”, aponta o Porto.. 

Tendo em conta os resultados obtidos pelo projeto europeu UrbanMycoServe, a Universidade Católica vai continuar a investigar “a aplicação de cogumelos silvestres (fungos ectomicorrízicos) para a manutenção de infraestruturas verdes” e a sua possível aplicação em “outras espécies de árvores urbanas”. 

Além do Porto, o projeto contou apenas com três cidades europeias, Lovaina, na Bélgica, e Estrasburgo, em França. 

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