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Câmara do Porto vai iniciar classificação do edifício do antigo Hospital Maria Pia

Câmara do Porto vai iniciar classificação do edifício do antigo Hospital Maria Pia

A Câmara Municipal do Porto vai iniciar o processo de classificação de interesse municipal do antigo hospital de Crianças Maria Pia, localizado na Rua da Boavista.

A informação foi confirmada na reunião do executivo municipal da última segunda-feira, depois de aprovada, por unanimidade, a proposta de recomendação apresentada pela CDU.

Na sessão, o presidente da autarquia destacou o “interesse patrimonial” da parte neoclássica do edifício para a cidade, sublinhando que, nesse sentido, “parece evidente que a Câmara do Porto, através dos serviços da Cultura, procure a classificação municipal para o edifício”.

“Pode a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) ou a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) considerar que de facto isto merece um outro nível de classificação a nível nacional, portanto isto corre mais ou menos automaticamente. Parece-me uma salvaguarda mais do que suficiente”, sublinhou ainda Rui Moreira.

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Pedro Baganha, vereador do Urbanismo e Espaço Público, explicou, por sua vez, que, na sequência da proposta, se iniciará, agora, “um processo de classificação de interesse municipal, em que os serviços começam a avaliar quais os valores culturais que estão presentes, comunicam à entidade que tutela, à DGPC”. Posteriormente, a entidade emite um parecer prévio, que pode “avocar ou não esse processo, e transformar essa classificação de municipal em classificação nacional”.

Contudo, realçou que a classificação em causa “serve para defender valores quanto ao edificado e não ao seu uso”.
De referir que, no início do ano passado, teria sido avançada a notícia de que o edifício do antigo hospital de Crianças Maria Pia, propriedade de uma Instituição Particular de Segurança Social (IPSS), seria transformado num hotel de quatro estrelas, tendo o Pedido de Informação Prévia (PIP) para a renovação do imóvel sido aprovada pela autarquia.

Na altura, Rui Moreira teria admitido a possibilidade de o município exercer o direito de preferência sobre o antigo hospital. No entanto, esta semana explicou que esse direito nunca se colocou, uma vez que “o edifício não foi colocado à venda” e nunca existira “nenhuma intenção [dos proprietários] de o venderem”.

Fotografia: CM Porto

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