O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, anunciou, esta quarta-feira, que a autarquia, a Área Metropolitana do Porto e o Ministério da Cultura, os três maiores parceiros institucionais do Coliseu do Porto, vão propor que este emblemático equipamento cultural da cidade seja concessionado.
“Passa por avançar para um modelo semelhante ao que se seguiu em Lisboa com um equipamento também semelhante, o Capitólio, portanto lançar um modelo de concessão”, afirmou o autarca no final da reunião com os Conselhos Municipais de Economia e Cultura, que decorreu no Teatro do Campo Alegre, adiantando que “concessionar o Coliseu é aquilo que permitirá que no futuro um eventual interessado possa fazer as obras pertinentes que naturalmente a Associação dos Amigos do Coliseu [dona do edifício] não pode fazer”.
De acordo com Rui Moreira, este terá sido o melhor modelo encontrado para que se pudessem avançar com as obras de requalificação do edifício, estimadas em 8,5 milhões de euros, que a Associação não tem capacidade para suportar.
O concurso público para a reabilitação e exploração do Coliseu, que o autarca antevê que possa ser lançado “nos próximos três/quatro meses”, apresenta algumas “salvaguardas”, como a impossibilidade de alteração da atual atividade da sala de espetáculos e ainda a garantia de que os postos de trabalho dos cerca de 30 funcionários do espaço estarão assegurados durante a execução das obras de restauro, que deverá demorar cerca de dois a três anos.
Rui Moreira acrescentou ainda que o caderno de encargos determinará também que a Associação Amigos do Coliseu do Porto “possa continuar a ter um saldo de dias suficientes para lá desempenhar a sua atividade” e com o mecenato da Ageas.
A proposta apresentada terá que ser agora aprovada em Assembleia Geral desta associação, que, até ao momento, não tem data marcada.
