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Câmara do Porto introduz unidade móvel para consumo vigiado de drogas

Câmara do Porto introduz unidade móvel para consumo vigiado de drogas

Ao que tudo indica, o município do Porto vai ter uma unidade móvel para consumo vigiado de drogas. O anúncio foi feito pela Câmara, esta terça-feira, que disse que esta unidade deverá chegar daqui a um ou dois meses.

De acordo com o Jornal de Notícias (JN), o projeto em questão visa auxiliar os consumidores que se injetam, mas não aqueles que consomem substâncias fumadas.

Como refere a vereadora da Saúde e Qualidade de Vida da Câmara do Porto, Catarina Araújo, não é possível garantir todos os requisitos de saúde. Contudo, alerta para que outros municípios sigam as pisadas do porto.

“No seu interior [da futura unidade móvel] não é possível cumprir todos os requisitos ao nível da saúde pública, quer junto daqueles que estivessem lá a consumir, quer junto das pessoas que lá trabalham. O Porto tem feito tudo o que está ao seu alcance. Mas não pode ser o único município a fazê-lo” (via JN).

Recorde-se que o município portuense mostrou-se aberto a esta possibilidade, em agosto de 2023. Com base na mesma fonte de informação, o prazo para concurso público terminou na semana passada.

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Não é a primeira vez que o Porto tem sala de consumo assistido

Numa publicação feita pela Câmara do Porto, pode ler-se que esta unidade móvel foi feita em parceria com o ICAD, a ARS-Norte e o ISS. A autarquia refere que estas reconheceram a “utilidade e a eficácia” do projeto.

Apesar desta novidade, não é a primeira vez que o Porto tem uma sala de consumo assistido. No primeiro ano de funcionamento, esta sala acompanhou 1931 utilizadores, o que se traduz em cerca de 51.000 consumos.

Para o primeiro ano de funcionamento, os números indicam que 85% dos toxicodependentes que frequentavam a sala eram do sexo masculino. Do “bolo” todo, cerca de 62% dos consumos eram através de via fumada.

Catarina Araújo reforça a necessidade de outros municípios tomarem medidas semelhantes. A autarca considera que “se esta resposta só existe na cidade do Porto, é natural que as pessoas se deslocam até aqui” (via JN).

Fotografia: Pexels

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