A revelação foi feita esta segunda-feira pelo presidente da autarquia, Rui Moreira, na inauguração de dois equipamentos de cuidados de saúde primários na cidade do Porto – o Centro de Saúde de Ramalde e a Unidade de Saúde Familiar da Batalha. O primeiro-ministro, António Costa, também esteve presente na cerimónia.
As obras de construção do Centro de Saúde de Ramalde foram garantidas pela Câmara do Porto, num investimento que rondou os 800 mil euros. Já a requalificação da Unidade de Saúde Familiar da Batalha foi assegurada pelo Governo.
Durante a visita aos dois centros de saúde, o presidente da Câmara do Porto relembrou que o protocolo de colaboração entre o Município e a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) remonta a setembro de 2016 e partiu do compromisso municipal “em melhorar as condições de acesso dos portuenses aos cuidados de saúde primários”.
Segundo o Porto., ainda nesse ano, as duas entidades elaboraram a “Carta dos Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários”, “instrumento de planeamento a médio prazo, pioneiro ao nível do país, identificava, entre outros aspetos, as zonas do território do concelho do Porto onde era preciso apostar em novas instalações de cuidado de saúde primários”.
Foram identificadas três zonas: Ramalde, Batalha e Azevedo de Campanhã.
A Câmara do Porto assumiu o encargo de construir a nova Unidade de Saúde de Ramalde, num antigo terreno onde existiam há 30 anos ruínas de um centro social inacabado. Em contrapartida, o Governo garantia a entrega de um terreno à autarquia em Justino Teixeira (Campanhã).
Coube ao Ministério da Saúde a responsabilidade de requalificar a antiga Unidade de Saúde da Batalha, fechada há anos.
“Dois terços do plano conjunto estabelecido entre Município e Estado Central estão cumpridos; é dado agora seguimento à construção do Centro de Saúde de Azevedo de Campanhã”, refere o portal de notícias da Câmara do Porto.
Segundo adiantou Rui Moreira, “estamos agora a ultimar a solução para a Unidade de Saúde de Azevedo, que tem para nós uma representação muito especial, porque há seis anos e meio, quando tomámos posse, esta unidade ia fechar e, na altura, chamámos veementemente o Governo para a necessidade de a manter”.
Recentemente a autarquia reuniu com o proprietário, com vista a adquirir o imóvel, realizar as obras necessárias e, posteriormente, “contratualizar a cedência, com o Ministério da Saúde, nos termos a acordar”.
Segundo informou ainda o autarca, “o vereador Fernando Paulo tem vindo a conversar com a Administração Regional de Saúde do Norte e com a diretora do Agrupamento de Centros de Saúde Porto Oriental, que se mostrou disponível no interesse da manutenção desta resposta em Azevedo”.
O Governo pretende generalizar o modelo das Unidades de Saúde Familiares (USF), por ser um “modelo de gestão ideal”, salientou o primeiro-ministro.
Já a ARS-Norte considera que as duas novas instalações no Porto “reforçam a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, melhorando a prestação de cuidados de saúde de proximidade aos cerca de 27.000 utentes inscritos nas duas unidades”.
Foto: Miguel Nogueira | CM Porto
