O primeiro dia de dezembro chegou com uma notícia triste para todos os portugueses e, em particular, para os portuenses. O histórico café Majestic, situado na Rua de Santa Catarina, e conhecido pelas suas longas filas, encerrou portas, uma decisão tomada devido à “quebra abrupta no turismo” e, consequentemente, à falta de clientes, provocada pela pandemia de Covid-19 e pelas restrições impostas pelo Governo para a combater, avançou o Jornal de Notícias.
Na publicação, este órgão de comunicação dá ainda conta do encerramento do Guarany, na Avenida dos Aliados, estabelecimento também pertencente ao grupo Barrias.
“Nem durante a Segunda Guerra Mundial houve necessidade de fechar, embora para ter a porta aberta tivéssemos que pagar uma taxa de guerra”, explicou o gerente, Fernando Barris, dando conta de que, com este fecho, sem previsão de reabertura, os trabalhadores irão para lay-off.
“Não há aviões, nem turistas. As restrições determinadas pelo Governo e pela Direção- Geral da Saúde também não favorecem. A juntar a isto, o incremento do teletrabalho deixa em casa muita gente que vinha para os escritórios. E não há residentes na Baixa”.
No entanto, em entrevista, mostrou-se “otimista” e convicto de que a “pandemia há de passar” e que irão “sobreviver a isto”. “Os nossos antepassados também atravessaram fases difíceis”, reforçou.
Recorde-se que o Majestic e o Guarany são dois dos mais antigos cafés da cidade do Porto. Abriram portas, respetivamente, em 1922 e 1933. Atendendo à situação pandémica que o país atravessa, e à consequente crise gerada por este, estes não são os únicos espaços a encerrar portas. Já no passado mês de novembro, em apenas 10 dias, fecharam 20 hotéis da cidade do Porto.
