“Não julgo que a vida política se resolva apenas ao nível das instituições, é absolutamente necessário uma motivação de quem está diretamente na atividade política mas também de nós todos, pessoalmente e assim na sociedade como estamos, para que a vida política nos preocupe cada vez mais”, declarou, aos jornalistas, após a cerimónia de lançamento do seu livro “O tempo pede uma nova Evangelização”, com que assinalou os seis anos de tomada de posse na Diocese do Porto. A informação e o debate de ideias são outras estratégias defendidas por D. Manuel Clemente. “Nós temos que reforçar a nossa participação política, nós temos que estar sempre todos em tudo e muito mais interessados, informarmo-nos vivamente, ir aos debates, [porque] se estamos à espera que isto se resolva institucionalmente, e no quadro internacional como o de agora em que as instituições preponderantes nem sequer estão no território, então, a certa altura, já ninguém sabe quem é quem”, avisou.
O Bispo do Porto salientou também que “não é normal Portugal e a Europa viverem o que estão a viver hoje”, sendo que o caso de Chipre “foi um alarme fortíssimo”. “Julgo que nunca, como com este caso, pareceu estar tão em causa o próprio projeto europeu”, notou.
