Falta menos de um mês para o arranque da edição 2021 da Bienal Fotografia do Porto. O evento vai decorrer entre 14 e maio e 27 de junho, sob o tema “O que acontece com o mundo acontece connosco”.
Este ano, contará com um total de 19 exposições, 15 das quais espalhadas pela Baixa do Porto, três de carácter digital, acessível através da página oficial da Bienal’21, e uma a decorrer em Lisboa.
Composto por propostas de 16 curadores e 48 artistas, nacionais e internacionais, o evento convida a refletir sobre o papel da humanidade no seu relacionamento com o planeta, sublinhou o coordenador artístico, Virgílio Ferreira, aquando da apresentação da bienal, que decorreu em formato digital.
Entre os vários trabalhos, destaque para a exposição “The Horizon is Moving Near”, que estará patente no Centro Português da Fotografia, e “Cidades na Cidade”, que terá lugar na Estação de Metro de São Bento. A mostra, da autoria de Carlos Barradas e María Sinz Arandia, resulta de uma convocatória ibérica que incentivou artistas portugueses e espanhóis a desenvolver projetos fotográficos sobre iniciativas comunitárias urbanas no campo da justiça social e ecológica.
Na reitoria da Universidade do Porto será possível ver “Travessia 8 Muxima”, uma mostra assente na herança do colonialismo português em diferentes geografias, nomeadamente no Porto. Já na Árvore, destaque para a exposição “Sustentar”, que resulta de um programa de criação, formação e exposição itinerante, coordenado e produzido pela Ci.CLO em parceria com as Câmaras Municipais de Évora, Figueira da Foz, Loulé, Mértola, Setúbal e a EDIA. Os seis projetos contemplam iniciativas experimentais focadas na área da sustentabilidade, implementadas em território nacional, como resposta aos desafios sociais, e serão apresentados, pela primeira vez, na Bienal’21 Fotografia do Porto.
Além das exposições, a Bienal apresenta, este ano, a primeira edição da oficina internacional “Art in Action – Climate and Social Responsibility” e conversas que vão explorar “ideias sobre o impacto das ações humanas no mundo”.
“Os projetos apresentados resultam, em grande parte, de laboratórios de criação. Este é, aliás, um fator que distingue esta Bienal: proporciona um espaço de experimentação, que contribui para a produção e disseminação de perspetivas artísticas, ações e intervenções, que promovam uma mudança cultural e ética, que acreditamos ser tão desejável quanto inevitável”, apontou Virgílio Ferreira.
O acesso às exposições e atividades paralelas é gratuito e sujeito à lotação dos espaços.
O programa completo está disponível para consulta na página oficial da Bienal.
A Bienal Fotografia do Porto é organizada e produzida pela Plataforma Ci.CLO em coprodução com a Câmara Municipal do Porto, e financiada pela Direção-Geral das Artes, com o apoio mecenático do BPI e da Fundação ”la Caixa”, o apoio institucional da Comissão Nacional da UNESCO e uma rede de vários parceiros estratégicos a nível nacional e internacional, nomeadamente Pro Helvetia – Swiss Arts Council, Futures, Universidade do Porto, Parsons School of Design e Fotofestiwal.
