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Benedita Pereira

Benedita Pereira
Fez vários estudos na área da representação. Passou pelo Balleteatro, no Porto, estudou no famoso Lee Strasberg Institute em Nova Iorque, cidade onde se encontra actualmente para frequentar a Black Nexxus e o Michal Howard Studio, a enriquecer a sua aprendizagem. “Apesar de ser difícil estar longe da família e dos amigos, para estudar acting e tentar a minha sorte aqui, não me arrependo nada”, garante a actriz, cujo papel que mais prazer lhe deu foi o de Julieta na série «Ele é Ela» da TVI. A partida para Nova Iorque tem por finalidade a sua evolução profissional e a busca de oportunidades para um dia trabalhar nos Estados Unidos da América. “Também quero descobrir mais coisas sobre mim como actriz e como pessoa”, sustenta.

Teatro e cinema no horizonte
Questionada sobre se um actor ainda tem de «emigrar» para a capital para ter trabalho e vê-lo reconhecido, a actriz garante que sim. “A não ser que se faça parte de uma companhia de teatro no Porto (e trabalhando só em teatro) para ter oportunidades noutras áreas da representação é necessário passar bastante tempo em Lisboa”, acrescenta. Benedita admite que gostava de fazer teatro, uma área que não tem explorado, e por isso resolveu estudar. “É a base de tudo, foi pelo teatro que me apaixonei” diz, admitindo, no entanto, que adora fazer televisão. “Divirto-me imenso e aprendi muito nestes anos todos, apesar de agora preferir estar afastada por um tempo”. Benedita Pereira reconhece a sua evolução profissional mas está consciente que ainda tem um longo caminho a percorrer. “Adoro trabalhar, aprender com os meus colegas. Estou a adorar este novo rumo da minha vida em Nova Iorque, as aulas e o desafio de entrar no “business”. Tudo contribui para a minha evolução”. Num futuro próximo os projectos que pretende concretizar passam por trabalhar nos EUA, em teatro ou cinema, e aproveitar cada segundo para se enriquecer como actriz.
Apesar de ainda muito jovem o reconhecimento público já é bastante. Como lida a actriz com o receio do desgaste da imagem? “Não tenho nenhum receio porque sei muito bem como não desgastá-la. Só a desgasta quem quer aproveitar a fama momentânea e eu acho que tenho gerido isso bastante bem”, afirma, salientando que o reconhecimento público é um dos factores importantes para os actores. “Vivemos a contar histórias ao público e o nosso objectivo é fazê-lo passar por sensações. Por isso o reconhecimento é óptimo, quer dizer que “tocámos” as pessoas de alguma maneira.
É normal que as figuras públicas recebam manifestações por parte do público e dos «fãs». Como todas, Benedita já passou por situações engraçadas mas também por algumas incómodas. “Já tive uma fã que me deu um dossier cheio de recortes de imprensa sobre os «Morangos». Deve ter tido uma trabalheira a fazê-lo e depois ofereceu-mo. Foi muito querida”.
No entanto, há alguém que a persegue no Facebook, que “manda mensagens quase todas as semanas com nome diferentes e também para todos os meus amigos, acho está obcecada o que se torna um bocadinho assustador”, admite, salientando que há situações em que as pessoas são inoportunas. Também recebe muitas cartas de fãs mas confessa que “no tempo dos «Morangos» é que recebia imensas”.

Forma de vida
Com uma vida profissional bastante ocupada, os tempos livres da actriz são passados entre cinema, teatro, saídas com os amigos, leitura e Internet. Para fugir ao stresse adora ir à praia e, sempre que pode, viajar. Frequenta o ginásio com regularidade já que acredita na importância de ter uma actividade física regular. Não gosta de lemas de vida, preferindo viver intensamente e de forma e realizar os seus objectivos, sonhos e ambições
E quais as características de personalidade que melhor a definem? “Alegre, palhaça, impaciente, ansiosa, exigente comigo e com os outros e um bocadinho preguiçosa”, confessa.
O que lhe dá mais prazer fazer num dia de folga é “não fazer absolutamente nada”.

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Na Invicta
Natural do Porto, as principais recordações que mantém da juventude prendem-se com o tempo passado em família, sempre ocupada entre a escola e outras actividades, como o teatro e a dança, e muitas saídas à noite na adolescência. A noite do Porto é imbatível”, salienta. Agora passa cá pouco do seu tempo, e nunca mais do que “três dias de cada vez para matar saudades da família”. No entanto adora a cidade que, diz, tem uma “beleza única e muita personalidade”. “Gosto muito da Foz, da proximidade com o mar, quer esteja bravo ou tranquilo, de passear pelo centro da cidade, fazer compras em Santa Catarina, visitar as galerias de Miguel Bombarda e de Serralves”, aponta, salientando que “este é o sítio onde sei que sou sempre bem tratada pelas pessoas”. Para a actriz, algum conservadorismo e a falta de diversidade cultural são os maiores defeitos da cidade. Adepta do FC Porto, destaca o Estádio do Dragão e Pinto da Costa como o símbolo e a figura da Invicta. De acordo com a actriz, uma das características que melhor define os portuenses é a energia. “São mais alegres e sabem receber muito bem quem vem de fora”. Em época de Natal nada melhor do que preparar o espírito para a quadra que, para Benedita, é sempre muito divertida. “A minha mãe faz anos no dia 24 e por isso é sempre uma época muito feliz, com a família toda reunida. A tradição mantém-se e adoro tudo que esteja ligado à quadra desde o bacalhau à aletria (que sou eu que faço), passando pelos sonhos e pelas rabanadas”, conta

Discurso directo
Filme – “Where the Wild Things Are”
Livro – “A sombra do Vento” de Carlos Ruiz Záfon
Um odor – Framboesa
Viagem de sonho – Austrália
Cor – azul
Um pensamento – Tudo o que não nos mata, fortalece-nos!
Flor – Girassol
Clube do coração – FCP
Lugar – Olimpos, Turquia
Filme inesquecível – Cinema Paraíso
Projecto inadiável – uma carreira internacional
Figura da cidade – Pinto da Costa
Porto numa palavra – Identidade

Texto: Marta Almeida Carvalho
Revista VIVA! – Edição Dezembro 2009

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