O banco de tecidos e células sediado no Porto, BebéVida, entregou, recentemente, um donativo no valor de 1.520 euros à associação Vida Norte. O valor doado foi fruto de uma campanha de Natal que a BebéVida realizou em parceria com a associação, na qual o valor de cinco euros revertia a seu favor, e que servirá, agora, para auxiliar a Vida Norte “numa fase muito delicada”.
“Estamos na eminência de ter que fechar a delegação de Braga, pelo que este donativo concreto entra para um valor global que estamos a conquistar com outras estratégias de angariação de fundos para conseguirmos dar a volta à situação e não fechar Braga. A par disto, a sustentabilidade geral da Associação continua a necessitar de ser alimentada e por isso todo o apoio é essencial”, afirmou, em entrevista à VIVA!, Assunção Guedes, assistente social e responsável de fundraising da instituição de solidariedade social que apoia grávidas em situação de fragilidade nos distritos do Porto e Braga.
O papel desta associação passa por acolher, ouvir, aconselhar, capacitar e integrar estas futuras mães, para que não se sintam sozinhas e possam construir um projeto familiar estruturado e feliz. Por esta razão, e revendo-se nos valores de “proteção e incentivo da natalidade em Portugal” e “ajuda às famílias mais necessitadas”, a BebéVida apoiou a Vida Norte, potenciando, assim, uma relação que conta já com cerca de três anos, sublinhou, por sua vez, Luís Melo, responsável da BebéVida.
“É uma relação que para nós significa muito. Significa poder ajudar quem mais precisa através de uma associação que tão bem cumpre o seu papel e que tanto ajuda a comunidade onde está inserida”, sustentou, recordando que esta é uma ajuda não somente financeira e que envolve todos os colaboradores, dando como exemplo a recolha de bens alimentares e peças de vestuário que a BebéVida realizou, internamente, e posteriormente entregou à associação.
De futuro, este banco pretende continuar a dar apoio a entidades como a Vida Norte, o IPO, a Apoio à Vida, a Make-a-Wish e a Stand4good, que considera realizar “um excelente trabalho em prol da comunidade”.
Note-se que, atualmente, de acordo com Assunção Guedes, a associação Vida Norte acompanha uma média de 100 grávidas e famílias por mês, desde a gravidez até ao bebé completar 18 meses de vida, trabalhando ao nível da capacitação para que findo este período a mãe possa, de forma autónoma, dar seguimento a um projeto familiar estruturado e feliz.
O atual contexto de pandemia trouxe à associação “muitos desafios”, especificamente na readaptação à forma de trabalhar, procurando sempre não perder o cunho da “proximidade” e da “relação”. “A par do aumento das dificuldades, das famílias que já acompanhávamos, assistimos também a um aumento do número de pedidos de apoio. Procurámos, sempre, não deixar ninguém sem resposta, mesmo que esta tivesse de ser mais reduzida e circunstancial”, assegura a responsável.
Até novembro de 2020, a Vida Norte tinha recebido 180 pedidos de ajuda de mulheres grávidas, estando neste momento com um acompanhamento individual de proximidade a 108 famílias. Além disso, dadas as circunstâncias especialmente difíceis do ano passado, apoiaram, além das famílias acompanhadas, mais 136 em “bens e orientações para outras respostas tendo em conta as suas situações”.
Para este novo ano, a associação só pede um desejo: salvar a delegação de Braga e continuar a sua missão. E, por isso, recorda Assunção Guedes, todo o apoio faz a diferença na vida e no bem-estar das famílias que acompanham.
Em 2021, a BebéVida continuará a desenvolver também a sua missão junto das famílias e no apoio, em específico, à mulher grávida. Uma das novidades, como revelou Luís Melo, é a comercialização de um serviço de testes genéticos pré-natais não invasivos, denominado Babysafe, que avalia o ADN do bebé e a probabilidade de este ter determinada doença genética.
Com o objetivo de ser também “um agente importante” na implementação de medidas que contribuam para a sustentabilidade do planeta, a BebéVida adotou um conjunto de políticas e práticas internas que visam a racionalização de recursos e a preservação do meio ambiente. Entre estas medidas estão a “preocupação em escolher fornecedores nacionais para evitar os impactos ambientais do transporte, a escolha preferencial de materiais biodegradáveis em todas as áreas da empresa, estimulara digitalização de documentos em detrimento do papel e a contratação de empresas especializadas para recolha e tratamento de resíduos biológicos”, completou.
