Segundo o Bloco de Esquerda, diversos serviços do HJU, unidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) especializada em doenças respiratórias e infeciosas, foram já transferidos para as instalações do Hospital de Santo António.
Este encerramento “levanta, pelo menos, três problemas: a salvaguarda do seu património arquitetónico, a garantia de funcionamento do Centro de Terapêutica Combinada (CTC) e a continuação dos seus profissionais, técnicos altamente diferenciados numa área muito específica da saúde”.
“O governo mantém o projeto de desativar o HJU?”, “qual é o calendário de encerramento do HJU?” e “qual o destino das instalações e do terreno onde está construído o HJU que, pela extraordinária localização na cidade, tem um elevadíssimo valor patrimonial e desperta o interesse da especulação imobiliária?”, são algumas das perguntas que fazem parte do requerimento dirigido ao Ministro da Saúde.
O documento questiona ainda se o Governo está a negociar a alienação do terreno e como vão ser preservados os edifícios classificados presentes no espaço do hospital.
Os deputados João Semedo (que já foi presidente da administração do HJU) e Helena Pinto pedem também esclarecimentos sobre como, onde e com quem vai ser garantido o funcionamento do CTC, serviço para assistência e tratamento integrado de toxicodependentes portadores de VIH/sida, tuberculose e outras infeções.
O futuro dos profissionais que trabalham naquela unidade hospitalar é também uma das preocupações: “O governo pode garantir que não dispensa qualquer dos profissionais do HJU?”.
O Hospital Joaquim Urbano foi fundado em 1884, comemorando este ano 130 anos.
