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Bárbara Marques

Bárbara Marques

“A minha infância foi muito perto de perfeita. Não poderia ter pedido uns pais mais ideais”

Bárbara Marques nasceu no Porto, mas grande parte da sua vida foi passada em Gaia. Estudou Direito e iniciou a sua carreira profissional como jurista, no entanto a paixão pela moda «falou mais alto».

Começou por explorar o mundo dos blogs e quando ganhou coragem para criar o seu nunca mais parou. Atualmente é seguida por mais de 73 mil pessoas no Instagram, onde costuma fazer partilhas do seu dia a dia, looks, viagens e dicas de beleza.

Em conversa com a VIVA! contou um pouco de como foi a sua infância, os anos de faculdade, a entrada para o mundo do trabalho e a aventura no blog e redes sociais. Ficamos também a saber como está a ser estar grávida pela segunda vez e a passagem por uma depressão pós-parto na primeira experiência como mãe.

A criadora de conteúdos revelou-nos ainda o que mais gosta nas cidades de Gaia e Porto e quais são os seus refúgios.

Quais as características que melhor a definem?
Eu tenho sempre muita dificuldade em descrever-me, mas acho que uma caraterística “logo de caras” é o facto de ser uma pessoa um bocadinho ansiosa e acelerada. Apesar de várias vezes me dizerem que transmito muita calma e muita serenidade, por dentro não me sinto nada assim.
Sou também uma pessoa ponderada, grata, que às vezes tem a tendência para não ver o copo meio cheio, sou muito leal, muito próxima da minha família e dos meus amigos.

Pratos favoritos?
O meu prato favorito de todos é o souflé de queijo da minha avó especificamente. Só como quando vou a casa dela, mas de resto, tudo o que for comida italiana alinho. A minha avó já nos tentou ensinar a fazer o souflé, mas quando é ela a fazer tem outro sabor.

O que é para si um dia bem passado?
Um dia bem passado para mim é um dia em que consigo encaixar e equilibrar tudo, o que não acontece muitas vezes. Diria que é um dia em que consigo ter tempo para fazer as minhas rotinas com alguma calma, fazer o meu trabalho e chegar ao fim do dia e pensar “consegui concluir tudo”, e que ainda tenho tempo para brincar com a minha filha e estar com o meu marido a conversarmos.

O que gostaria de ter mais tempo para fazer e nem sempre é possível?
Gostava de ter mais tempo para desacelerar. Tenho tempo para estar com a minha filha, mas às vezes estou com ela e não estou porque estou a trabalhar ou com a cabeça no trabalho. Gostava também de ter mais tempo só para descansar e existir.

E ter mais tempo para algum hobbie em especifico?
Na verdade o meu hobbie preferido, que agora já não consigo concretizar, é estar no sofá a ver séries e a comer bolachas. Era a minha coisa favorita de fazer aos fins-de-semana antes de a Frederica nascer, agora não tem acontecido muito e eu adorava.

Coisas que a irritam?
A falta de consideração pelo outro, pelo nosso trabalho, tempo, esforço e a lata também me irrita um bocadinho.

É impensável sair de casa sem…?
O telemóvel. O telemóvel faz mesmo parte de mim, neste momento, não só como ferramenta de trabalho, mas também como ferramenta de comunicação com a minha família, com a minha filha, toda a minha vida está aqui.

Quais são para si três essenciais a ter no guarda roupa?
Atualmente estando grávida diria saias de cintura elástica, porque acabam por ser mais moldáveis. Por outro lado, de forma geral, penso que seja um blazer, com um corte mais reto e over size, camisas brancas, que dão sempre para descontrair o look ou servem como base e porque ficam bem com tudo, e umas sapatilhas brancas.

Tem algum medo ou fobia?
Tenho uma fobia muito especifica que é de pássaros quando estão a voar à minha volta. O barulho das asas a bater à minha beira faz-me mesmo muita confusão.

Quais são as suas origens, onde nasceu, cresceu?
Nasci no Porto, mas sempre vivi em Gaia até aos meus 17 anos. Depois durante uns tempos vivi em Matosinhos e agora regressei às minhas origens e estou a viver em Gaia outra vez.

São dois sítios distintos, quais são, para si, as principais diferenças entre as duas cidades?
Para mim Matosinhos era confusão, muita agitação, muita gente e Gaia é mais qualidade de vida, no meu ponto de vista, porque consigo ter na mesma acesso a tudo e ao mesmo tempo ter alguma paz e sossego.

Como foi a sua infância? Quais as melhores recordações que tem dessa altura?
A minha infância foi muito perto de perfeita. Não poderia ter pedido uns pais mais ideais, acho que me transmitiram a mim e ao meu irmão os valores que considero certos e ao mesmo tempo conseguiram dar-nos muito carinho. Sentimo-nos sempre muito apoiados. Deram-nos liberdade qb e a minha mãe era ótima a cultivar o nosso imaginário e a tentar manter viva a história do Pai Natal, do coelho da Páscoa e isso foram coisas muito especiais para mim.

O irmão é mais novo ou mais velho? Como era a relação entre os dois?
O meu irmão é mais novo. Temos uma diferença de cerca de dois anos e meio e tive alguns ciúmes quando ele nasceu. Uma história engraçada é que uma vez chegaram a encontrar-me dentro do carrinho de bebé com a roupa e chupeta dele. De uma forma geral sempre nos demos muito bem, com algumas brigas pelo meio como é normal. Segundo me contam era um bocadinho mázinha para ele, porque o meu irmão queria estar sempre a brincar comigo e às vezes eu queria a minha paz, mas temos uma relação muito boa e admirámo-nos muito um ao outro.

Foi uma infância vivida com os avós também?
Sim, sobretudo com os avós paternos, que são das minhas preferidas do mundo. Até ir para o infantário, aos três anos, os meus avós ficavam comigo enquanto os meus pais trabalhavam e tive sempre muito contacto com eles. São pessoas muito importantes para mim.

De que forma descreveria a Bárbara criança e depois mais tarde adolescente?
Em criança era muito responsável, um bocadinho “séria”, gostava de estar no meu quarto sossegada a ler, a brincar sozinha e depois na adolescência senti muito o peso dessa responsabilidade que eu própria colocava em mim. Toda a gente me via como a Bárbara responsável então houve ali uma altura em que não sabia muito bem para onde queria ir na escolha do curso. Depois acabei por ir para Direito porque quis, mas cheguei à conclusão que se calhar não era bem aquilo. Andei um bocadinho confusa no período da adolescência e o que eu achava que os outros esperavam de mim, que não era necessariamente verdade, colocava em mim muita pressão.

Talvez nem existisse tanto essa pressão externa, mas a Bárbara automaticamente pensava isso…
Eu sentia isso, que as pessoas achavam que era a estudiosa, que ia seguir Direito, que ia ter uma carreira muito certinha, muito convencional e depois cheguei à conclusão que se calhar não era bem assim que queria “ser” e que ambicionava.

Mas o facto de ser estudiosa era mesmo verdade?
Sim era. Fiz questão de fazer o curso de Direito nos quatro anos porque ao mesmo tempo queria «arrumar com o assunto» o mais rápido possível. Então chegava à altura dos exames e fechava-me em casa e não existia. Para mim a faculdade nem sequer foi aquela altura incrível que a maior parte das pessoas descreve, porque para mim a universidade foram estudos.

Esses anos de faculdade foram no Porto?
Sim. No liceu estudei em Gaia, na faculdade entrei na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, só que nessa altura, conflituosa internamente, preferi ir para a beira das minhas amigas e fui para a Portucalense. Por acaso não trouxe amizades da faculdade, também porque acho que entrei para lá com duas amigas e como estava só focada em estudar, foi isso que trouxe de lá.

A entrada no ambiente profissional foi aquilo que esperava?
Também foi uma altura complicada porque acabei o curso em julho e em setembro comecei logo a trabalhar. É uma situação incrível, tenho noção do privilegio que é e muitas vezes não acontece, só que não me deu tempo para respirar. Estava com muita pressa para acabar o curso porque queria respirar, mas depois não deu. Mais uma vez estava a sentir muita responsabilidade e foi nessa altura que comecei a pensar no blog e a enveredar por esse caminho como um escape.

Começou por trabalhar como jurista, mas acabou por não se identificar muito com a profissão…
Exato. Hoje em dia ainda trabalho como jurista, neste momento estou em teletrabalho, por isso, tenho mais flexibilidade, mas não é de todo uma coisa que me preencha. É uma coisa que gosto de fazer e considero que faço bem, mas não me chega.

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Então em que momento percebeu que gostaria de fazer algo mais e desenvolveu a paixão pela moda?
Essa paixão sempre esteve existiu. Nas tardes em que passava na casa dos meus avós estava horas nos armários da minha avó, ela tinha e tem um guarda roupa incrível, e depois aparecia com os vestidos e sapatos dela. Acho que foi muito por aí que começou esse gosto. Mais tarde, na fase de pré-adolescência achava que queria ser modelo, mas rapidamente cheguei à conclusão que isso não era para mim. Foi então que uma altura que uma amiga minha me falou nos blogs e no facto de haver gente que todos os dias publicava o look que vestia num site. Fiquei surpreendida e comecei a explorar esse mundo.

Quais foram os primeiros passos nesse âmbito? O que a levou a criar um blog?
Inicialmente comecei por acompanhar vários blogs e depois ganhei coragem e criei o meu. Era mesmo um escape da toda a área de Direito, do trabalho, vida profissional e responsabilidade.

Soube desde início qual era o seu propósito com o blog ou as partilhas começaram por ser algo natural?
A primeira partilha no blog foi de um look. Desde o início que encarei a plataforma de uma forma muito profissional e como um trabalho. Publicava sempre de segunda a sexta, sempre à mesma hora, para dar a entender de que se tratava mesmo de algo profissional, não era algo de “quando só tivesse tempo”. O «My kind of Joy» foi criado há cerca de 10 anos e ainda existe, mas neste momento não é alimentado. Hoje em dia é tudo muito mais instantâneo e vive-se muito de redes sociais como o Instagram.

Como foi essa migração para o Instagram?
Inicialmente passei para o Instagram com o mesmo nome do blog, «My kind of Joy», mas há cerca de cinco anos passei para Bárbara Marques, porque o nome original tem uma dicção um bocado complicada e dificultava. Por outro lado, muitas pessoas não sabiam o meu nome e não me identificavam então decidi “assumir” o meu nome próprio. A adaptação não tem sido muito fácil porque eu vou gostar sempre muito mais de fotografia e de escrever, costumo dizer que sou uma blogger old school, mas parar é morrer e temos de saber fazer o que é atual. O Instagram agora vive muito do vídeo, mas por acaso acho que o meu público continua a gostar muito da parte da fotografia. O problema é que a própria plataforma não entrega esse tipo de conteúdo, então temos que nos adaptar.

O facto de existir pessoas a acompanhar o seu trabalho e a reconhecê-la foi fácil de lidar?
Foi um bocado estranho no começo porque queria que a Bárbara dos blogs e a Bárbara jurista fossem pessoas que não se cruzavam e isso deixou de ser possível. Eu fazia tudo o que tivesse ao meu alcance para que as pessoas do escritório não soubessem que tinha um blog, inclusive quando ia fotografar à hora de almoço, tirava a maquilhagem toda para voltar para o trabalho mais “neutra”. Até cheguei a ter o blog vários meses sem ter redes sociais porque não queria que as pessoas me conhecessem. Depois claro que começaram a conhecer e “palavra passa palavra”… no início ficava com muita vergonha, mas foi se tornando algo natural.

Porque é que mais de 73 mil pessoas a seguem? De que forma é que a Bárbara acha que as inspira?
O feedback que recebo é que as pessoas se identificam e relacionam com aquilo que publico. Sou uma blogger alcançável, mostro as peripécias do dia-a-dia, as dificuldades no pós-parto, por exemplo, que foi uma altura complicada e fiz questão de não esconder isso.

A partir de que altura entendeu que o blog e redes sociais também poderiam ser profissionalizados?
Na realidade quando comecei nunca pensei na dimensão que isto poderia ter e que seria o meu trabalho a tempo inteiro. Durante uns três anos fazia as coisas por «amor à camisola» porque gostava e acredito que as primeiras parcerias não pagas, ou seja, em troca de produto, tenham acontecido mais ou menos nessa altura. Sendo sincera não me recordo bem de quando isto começou a transitar para um emprego a tempo inteiro porque já me parece a minha realidade há muito tempo.

Como é gerir as duas profissões? É difícil separar as águas?
Não é muito difícil porque 90% do meu tempo é ocupado pela parte das redes sociais. O trabalho enquanto jurista desde que o entregue, posso fazê-lo à noite, ou fins de semana. Só tenho de entregar o resultado e consigo gerir bem essa parte do tempo.

Alguma vez sofreu preconceito ou viu a sua profissão de jurista descredibilizada?
Sim sofri de preconceito e sentia vergonha porque também era muito nova. No começo, principalmente no mundo do trabalho, queria que toda a gente gostasse de mim e depois percebi que não era possível e nunca vai acontecer. Recebi alguns comentários, outras coisas foram me chegando aos ouvidos, sobre futilidade maioritariamente.

Atualmente usa-se muito o termo influencer.. como é que a Bárbara olha para este termo? É um termo mal visto?
Há preconceito com o termo e eu própria admito ter algum. Compreendo de onde vem e faz sentido porque realmente nós estamos a «influenciar a», mas nós não fazemos só isso. O que penso sempre é «no dia em que deixar de fazer isto pelo amor à camisola, ou seja pelo amor à moda e comunicação» isto deixa de fazer sentido. Claro que é um trabalho e temos que pagar as contas, mas não comecei o blog para influenciar ninguém e sim para partilhar os meus gostos.
Ainda há muitas pessoas que não consideram isto [blogger/criadora de conteúdos] um trabalho e até percebo porque se não o fizesse também não entenderia tudo o que está «por trás disto». No entanto, acho que temos conseguido cada vez mais mostrar tudo o que esta profissão envolve, que é mesmo muita coisa.

Neste momento está a passar por uma fase muito bonita que é a da gravidez. Está a correr tudo bem?
Está a correr tudo bem e está a ser uma gravidez mais tranquila do que foi da Frederica. Não adoro estar grávida, sinto-me assim um bocadinho limitada, mas felizmente para já está a correr tudo bem.

Os desejos são mito? Já viveu alguma história caricata nesse aspeto?
Nunca tive muito desejos, mas por exemplo, ainda há pouco tempo fui a um brunch com amigas e tínhamos acabado de sair de lá, já estava grávida e ninguém sabia. Estávamos a caminho do carro e senti um «cheirinho» a pizza maravilhoso e disse que tinha de ir comer. Ficaram todas a olhar para mim a pensar «mas acabamos de comer», acharam um bocado estranho, mas eu insisti que não dava mesmo para resistir. De uma forma geral tenho mais desejos por coisas salgadas como batatas fritas e pizzas, mas também não é como se vê nos filmes.

A segunda gravidez é vivida de forma diferente?
Sim é. Acho que por um lado estou mais descontraída e por outro mais apreensiva. Mais descontraída e apreensiva porque já sei para o que vou. A da Frederica fui um bocadinho inconsciente, fui vivendo e agora não. Ainda assim, nesta segunda viagem diria que estou a encarar de uma forma mais natural.

Já se sabe que é uma menina. O nome já foi escolhido? Foi difícil chegar a uma decisão?
Não e acho que vai acontecer o mesmo que aconteceu com a Frederica. O nome dela só foi escolhido 24h depois de ter nascido. É muito difícil, nós temos muita dificuldade na escolha do nome.

Como foi a reação da sua primeira filha?
A Frederica antes de saber que eu estava grávida começou a pedir uma irmã, mais ou menos duas semanas antes de descobrir. Como não estávamos a tentar explicamos que não ia acontecer para já e afinal aconteceu. Ela está ansiosa e feliz, mas ao mesmo tempo também está apreensiva porque ela é muito menina da mamã e já percebeu que vai haver uma mudança. Vai existir um impacto e ela não está a achar muita piada a essa parte.

O seu pressentimento era de que iria ser menina?
Não, não fazia ideia. No fundo tinha esperança de que fosse menino, mas não sentia que «precisava» que fosse menino. À partida vamos ficar por aqui e gostava para termos as duas experiências, mas quando vimos que era menina ficamos igualmente felizes. Não senti nada nem «aquela vontade» que fosse uma coisa ou outra.

A Bárbara pensou como vai partilhar esta fase nas suas redes? É algo que vá dar destaque?
A gravidez é algo que desperta muito interesse junto das minhas seguidoras, até porque o meu público-alvo está nesta fase de ter filhos ou começar a pensar em ter filhos. Acredito que vou querer partilhar o pós-parto. O da Frederica foi complicado e fui partilhando. Senti que foi importante para mim para desabafar e para quem estava «do lado de lá», para se perceber que não é tudo um mar de rosas. Por outro lado, ainda não tenho nada muito delineado na minha cabeça, acho que vou vivendo um dia de cada vez.

Será uma partilha mais natural e à medida que as coisas vão acontecendo?
Sim foi isso que aconteceu no caso da Frederica. Nunca disse que estava com uma depressão, mas foi algo que as pessoas começaram a perceber, me foram perguntando e eu nunca escondi. Não me sentei e disse «vamos falar sobre isto», mas ao mesmo tempo fui partilhando o que se estava a passar de forma natural.

Quais os principais alertas para quem vive uma depressão pós-parto? De que forma os familiares podem ajudar?
Acho que não havia grande coisa que [os familiares] pudessem fazer por mim a não ser darem-me apoio. Há muitas coisas dessa altura que não me lembro e apaguei da minha memória, mas acredito que quem nos conhece, vê que não estamos bem. Num pós-parto pode ser expectável que não estejamos bem por um curto período de tempo, porque é uma mudança de realidade muito grande, mas se esse tempo for muito prolongado é aconselhável procurar ajuda profissional.

No caso da Bárbara foi algo que durou muito tempo?
Sim, diria que estive dois anos com uma depressão e procurei ajuda profissional. De momento sinto-me bem, mas tenho receio de voltar a embarcar nesta segunda aventura. Continuo a ser acompanhada e tenho outras ferramentas para lidar com tudo, contudo sei que não vai ser fácil porque vou ter um bebé e uma criança em casa. Sendo sincera acho que esta bebé vai ser mais calma que a Frederica e quero acreditar que vai correr tudo bem.

Falando nas duas cidades por onde já passou e vive atualmente. O que mais gosta nas cidades de Gaia e Porto?
Para mim Gaia e Porto acabam por ser muito um complemento uma da outra. Durmo em Gaia, mas vivo grande parte do tempo no Porto. O que mais gosto diria que é a forma como tratamos as pessoas. Neste trabalho conheci muita gente de Lisboa e todos dizem que no Porto somos diferentes, que aqui se sentem em casa e que nós fazemos as pessoas sentirem-se acolhidas. Acho que isso é mesmo o melhor que nós temos cá. Depois o facto de fervermos em pouca água também tem coisas boas e coisas más, mas sem dúvida que Gaia e o Porto são cidades maravilhosas.

Quais são os seus refúgios nas duas cidades?
Gosto muito de praia e gosto muito da praia de Maceda, que já não é bem em Gaia. No Porto gosto muito da Baixa e vou imensas vezes para lá fotografar, comer um brunch… Tem uma vida espetacular e agora parece que vivemos numa cidade europeia como as que costumávamos visitar.

Planos para o futuro? Alguma coisa que possa revelar?
Uma coisa que gostava muito de fazer e também me têm vindo a pedir é para criar uma marca própria. Já surgiram, inclusive, algumas propostas, mas ainda não está nada em andamento porque se for para embarcar nisso quero que seja uma coisa com tempo e toda a minha alma. Está nos planos, mas num futuro ainda longínquo.

O que espera estar a fazer daqui a uns três anos?
Penso que estarei a trabalhar só como criadora de conteúdos porque será cada vez mais difícil ter tempo para conjugar tudo. Mesmo a pausa neste pós-parto não pretendo que seja muito longa, apesar de saber que irei respeitar aquilo que preciso na altura. Sei que trabalhar me faz bem e algo que no da Frederica me prejudicou foi ter que parar. Não só pela depressão, como pela pandemia, então quero respeitar os meus tempos e os da bebé, mas não quero parar e eventualmente passar a ser mesmo só criadora de conteúdos.

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